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Mentes que brilham
A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e a Comissão Nacional de Olimpíadas são responsáveis no Brasil por oito olimpíadas de Matemática. Duas são olimpíadas nacionais e as demais, olimpíadas internacionais, havendo duas olimpíadas mundiais: uma espécie de Copa do Mundo da Matemática.
Em todas essas competições, estudantes campinenses já ganharam medalhas. Essa bonita história foi iniciada na década de 90 e teve como um dos principais representantes, o ex-olímpico campinense Murali Srinivasan Vajapeyam, de 25 anos, que foi o primeiro brasileiro a ganhar 2 medalhas de ouro na Olimpíada de Matemática do Cone Sul (uma olimpíada internacional realizada desde 1988). Ele foi também um dos poucos brasileiros a participar de 3 olimpíadas mundiais (1996, 1997 e 1998), tendo conquistado uma medalha de bronze e uma menção honrosa. Ao todo, foram 7 medalhas (3 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze) em olimpíadas internacionais de Matemática, além de 5 medalhas (2 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze) e uma menção honrosa em Olimpíadas Brasileiras de Matemática.
Outro ilustre representante desta geração de ouro é o estudante de pós-graduação da UNICAMP, Diogo Diniz Pereira da Silva e Silva, que ganhou uma menção honrosa e 2 medalhas de bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática Universitária. Além disso, ele ganhou uma medalha de prata na ata na ata na ata na XII International Mathematical Competition for University Students realizada na Bulgária em 2005. Ele tem sido, até o momento, o único paraibano a conseguir tal conquista, além de possuidor de determinação interminável e “vontade infinita”.
Outros ganhadores das olimpíadas merecem destaque. A exemplo do professor doutor Walfredo Cirne Filho, atualmente trabalhando na empresa americana Google, mas vinculado ao Departamento de Sistemas e Computação da UFCG. Ele foi o precursor dessa história de sucesso e, em 1987, o único aluno fora do eixo Rio/São Paulo a ser premiado na Olimpíada Brasileira de Matemática, tendo inclusive participado de uma olimpíada mundial em Camberra (Austrália) em 1988.
De todos os olímpicos campinenses, paraibanos e brasileiros, provavelmente o mais eclético seja o jovem Felipe Gonçalves Assis, de 16 anos, que teve como a mais recente conquista: a medalha de prata na XI Olimpíada Internacional de Astronomia realizada no período de 10 a 19 de novembro de 2006 na cidade de Mumbai (Índia). Ele foi o único estudante das regiões Norte e Nordeste a integrar a equipe brasileira nessa competição e também o único brasileiro a ganhar medalha de prata. Participaram desse evento os melhores alunos de vários países, tais como Rússia, China, Índia, Suécia, Sérvia, Lituânia, Tailândia, Indonésia, Coréia do Sul, Irã, Romênia, Bulgária, Armênia e Brasil.
Felipe é um estudante de mente fértil e brilhante. Ganhou 4 medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (2003, 2004, 2005 e 2006), 2 medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Física (2004 e 2005), 1 medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Biologia (2006), 2 medalhas de ouro na Olimpíada Paraibana de Física (2004 e 2005), 1 medalha de ouro na Olimpíada Pessoense de Matemática (2005), 7 medalhas de ouro na Olimpíada Campinense de Matemática (2000 a 2006), 1 medalha de prata na Olimpíada Norte/Nordeste de Química (2006), 2 medalhas de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática (2001 e 2003), 1 medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Química (2006), 2 menções honrosas na Olimpíada Brasileira de Química (2004 e 2005) e 1 menção honrosa na Olimpíada de Maio (2001) – que é uma olimpíada internacional de Matemática.
O genial Felipe, além de ser um craque das olimpíadas culturais, é também uma promessa na Música Clássica. Há três anos, no XXX Recital de Piano realizado no Teatro Municipal Severino Cabral, ele tocou músicas de A. Webber e C. Hart, L. Van Beethoven e Tschaikowsky, mostrando-se um jovem muito seguro e consciente dos seus ideais.
Campina Grande poderia ser uma grande escola de campeões olímpicos e também de geração de massa crítica, em vez de ocorrerem apenas iniciativas individuais bem sucedidas.
As crianças e os jovens adoram participar de competições saudáveis. Neste ano, foi realizada a segunda edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) que contou com a participação de mais de 15 milhões de estudantes de quase todos os municípios brasileiros. A OBMEP é provavelmente a maior olimpíada de Matemática realizada no mundo. No Irã, os estudantes que são selecionados para participar da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), que é promovida todos os anos em um país diferente, são dispensados de prestar o vestibular daquele país. Como conseqüência e em virtude do investimento, o Irã já tem mais medalhas de ouro na IMO do que todos os países ibero-americanos juntos (América Latina, Portugal e Espanha).
Tudo isso pode ser um sinal da importância das olimpíadas culturais.
Prof. José Vieira Alves
Coordenador Regional da OBM
P.S.: O Felipe ganhou mais uma medalha : bronze na OBM 2006.