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Instituições federais querem avaliar ENEM

Método de análise não foi definido, mas está em discussão na Andifes

 

Instituições Federais de Ensino Superior pretendem desenvolver uma metodologia para avaliar o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que em 2010 foi adotado por 51 universidades como substituição ou complementação ao vestibular tradicional. A proposta foi apresentada na última sexta-feira, 5 de março, durante reunião na Andifes (Associação Nacional das Instituições de Ensino Superior), em Brasília.

 

Ainda que a prova já tenha completado onze edições, a iniciativa pretende avaliar os resultados pedagógicos das inovações adotadas no último processo seletivo. "Toda e qualquer política pública deve ser avaliada, ainda mais aquelas consideradas inovadora", explica Gustavo Balduino, presidente executivo da Andifes. Exigência que se intensifica com a proposta do MEC (Ministério da Educação) em unificar os processos seletivos do Ensino Superior público por meio da nota do ENEM.

 

O primeiro passo para a criação de um método de avaliação, segundo Balduino, é identificar os objetivos políticos e pedagógicos da prova. "Em seguida, serão avaliados os caminhos percorridos para o cumprimento das metas e os resultados alcançados", explica ele, que aponta a importância do procedimento para certificar a eficiência ou possível ineficiência da prova. "Uma avaliação que permitirá identificar se o processo precisa ser readaptado ou substituído", acrescenta ele.

 

Serão analisadas todas as etapas da parte técnica do ENEM, que vai desde a inscrição do candidato, passa pelo conteúdo das questões e o modelo de correção. Balduino afirma, no entanto, que o sistema de avaliação do exame ainda está em construção. "Embora já haja um consenso por parte de todas as instituições federais em relação à necessidade da avaliação, os procedimentos adotados serão decididos em debates futuros", declara ele. A próxima reunião do grupo de reitores está programa para o dia 24 de março, na sede da Andifes, em Brasília.

 

Ainda não foram definidos os prazos para a divulgação dos resultados da avaliação. "Nosso objetivo é construir um método para que seja possível obter uma boa análise", acrescenta o presidente executivo da Andifes.

 

Novo ENEM

 

Em 2009, o ENEM passou por uma reformulação estrutural. O exame de múltimpla escolha foi subdividido por quatro provas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (mais a Redação); Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; e Matemática e suas Tecnologias. Pela primeira vez, as médias das provas poderão ser usadas no vestibular das instituições federais de ensino superior.

 

Além do recorde de 4 milhões de inscritos, o exame substitui o vestibular de 25 universidades entre elas a UFBA (Universidade Federal da Bahia), UFTO (Universidade Federal do Tocantins) e UFPEL (Universidade Federal de Pelotas). Outras seis adotaram o exame para complementar à nota, como, por exemplo, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), que deu peso de 50% ao teste do governo federal na menção final.

 

(Universia)


Data: 10/03/2010