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Homenagens marcam inauguração do novo campus da UFCG em Pombal

“Conquistas não são individuais, brotam do empenho dos que crêem na proposta de expansão”, declarou o reitor

 

“Um dia histórico para a cidade de Pombal” foi expressão comum a vários dos discursos e comentários proferidos durante a inauguração das instalações do novo campus da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) naquele município do Sertão paraibano, no final da tarde dessa terça-feira, 22.

 

O novo Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) foi erguido numa área de 15,5 hectares, com 13 edificações arquitetonicamente padronizadas e equipadas com tecnologia de última geração, que totalizam R$ 10 milhões em investimentos. A partir do próximo ano, mais de 600 estudantes das graduações em Agronomia, Engenharia de Alimentos e Engenharia Ambiental estarão freqüentando suas centrais de aula, laboratórios e biblioteca.

 

Ressaltando o visível progresso que a cidade tem vivido desde a implantação do campus da UFCG, o vice-prefeito Geraldo Arnaud agradeceu à comunidade universitária e aos cidadãos que historicamente contribuíram para concretização de um sonho, a exemplo do padre Solon de França, professor Martinho Salgado e o reitor Thompson Mariz. “Sem dúvida foi o passo mais importante dado por Pombal para o seu progresso e desenvolvimento”, considerou.

 

O diretor do campus de Sumé, Márcio Caniello, prestou homenagens ao diretor pro tempore do CCTA, Martinho Salgado, que, ao seu lado, e do professor Ramilton Marinho, elaborou o Plano de Expansão da universidade. “Resignado e preocupado com a cidade e os estudantes da região, muito contribuiu para a chegada do ensino superior no município”, comentou. Caniello também fez referências ao reitor Thompson Mariz como “um gestor público com senso empreendedor, que inventou e reinventou a UFCG”.

 

O deputado estadual e ex-prefeito de Pombal, “Verissinho” (PMDB), disse que Thompson ainda muito fará pela cidade, como a criação de novos cursos. Lembrou ainda da aliança suprapartidária da bancada paraibana pela criação do campus. “Este é o maior presente de Natal que Pombal já recebeu”, concluiu.

 

Representando o governador José Maranhão, o secretário de Educação Saulo Gaudêncio, pontuou fatos históricos e citou o filho ilustre da cidade, Celso Furtado. Falou da grandeza e da grandiosidade do momento e disse esperar que “eventos dessa natureza sejam repetidos em outras regiões do estado”.

 

“Ninguém se perde na volta” foi a expressão utilizada pelo prefeito universitário, Eduardo Bonates, para dizer que a chegada da UFCG em Pombal era obra do sertanejo Thompson Mariz, “reitor que pensou na libertação da região pela educação superior”. Também fez referências ao novo campus como um exemplo de gestão do dinheiro público.

 

Homenageados

 

Homem de improviso, o diretor Martinho Salgado, recorreu ao discurso escrito e fez um relato, desde 2004, de momentos e personagens históricos, a exemplo do empenho do então prefeito Jairo Feitosa (in memoriam) para a criação do campus. Também falou de críticas e incompreensões, de ingratidões e injustiças, que “foram sobrepujadas por idéias, ações e realizações que, sob o comando do reitor da UFCG, viraram as páginas do tempo e da história do Sertão paraibano”.

 

Agradecendo a colaboração do vice-diretor Romilson Paes e dos professores, técnico-administrativos e alunos, Salgado disse que “ninguém, na vida, se perderá na história, nem ontem, nem hoje, nem amanhã” e que todos serão reconhecidos pela contribuição ofertada a esse novo tempo que “poderá resultar na Universidade Federal do Sertão, sob a inspiração de um dos maiores reitores das universidades federais brasileiras”.

 

Compartilhando os elogios e agradecimentos com a administração da UFCG, o reitor Thompson Mariz disse que as conquistas não são individuais, brotam do empenho dos que crêem na proposta de expansão. Registrando o comprometimento do então prefeito Jairo, doando o terreno e pagando os alugueis das instalações provisórias, e de Martinho Salgado, “a quem Pombal será sempre devedora de homenagens”, agradeceu à bancada paraibana por ter se unido pela criação do campus e disse esperar dos políticos “o mesmo apoio para a concretização dos campi de Itabaiana e Itaporanga”.

 

O reitor também alertou aos parlamentares e à população sobre projetos de expansão de outras universidades que possam não atender realmente ao desenvolvimento da Paraíba. “Equívocos que podem surgir, como a criação de campi em região metropolitana ou cidades que atendam apenas a interesses particulares e políticos, não contribuindo para o acesso da nossa juventude às universidades”, advertiu.

 

No descerramento da placa inaugural da biblioteca, comentou sobre a concessão do Título de Cidadão e da Medalha Sivuca concedidos pela cidade de Itabaiana. “Não sou um vendedor de sonho, só me sentirei merecedor quando conseguirmos implantar um campus naquela cidade”, disse, agradecendo ao secretário-extraordinário do município, João Batista da Silva.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)


Data: 23/12/2009