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Cresce o número de universitários que trabalham

Dados do IBGE revelam que a proporção passou de 63%, em 1998, para 71% em 2008

 

Devido ao aumento das matrículas no ensino superior, que mais do que dobraram nos últimos dez anos, é cada vez mais comum encontrar estudantes que dividem seu tempo entre emprego e estudo, informa reportagem de Angela Pinho publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

 

Dados do IBGE, tabulados a pedido da Folha, revelam que a proporção de universitários que trabalham passou de 63%, em 1998, para 71% em 2008.

 

O fenômeno se deve principalmente à inclusão de alunos com menor renda nas faculdades nos últimos anos, explica Ryon Braga, da consultoria Hoper, especializada em ensino superior. "São pessoas que precisam do emprego para poder pagar a faculdade", afirma.

 

Levino Neves de Lima Júnior, 23, trabalha das 8h às 18h, segue para a faculdade onde estuda administração, e só volta para casa por volta da meia-noite. Ele é um exemplo do que diz o consultor: será a primeira pessoa de sua família a ter diploma de nível superior. Por outro lado, como muitos dos novos universitários, tem menos tempo para estudar e faz as leituras da faculdade no ônibus.

 

Maria de Fátima Guerra de Souza, professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília), diz que prefere dar aulas no curso noturno. "Os alunos chegam mais cansados, mas a diferença é que as questões que eles trazem para aula são as que vivem diariamente. A gente não fica conversando sobre hipóteses", afirma.

 

(Folha Online)


Data: 16/12/2009