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Cinebiografia de Villa-Lobos será exibida na UFCG

Evento Viva Villa começa às 17h desta segunda na Unidade Acadêmica de Arte e Mídia

 

Responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do Modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista, incorporado nas canções através dos elementos folclóricos, populares e indígenas, o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, terá sua cinebiografia exibida nestas segunda e terça, 16 e 17, no auditório da Unidade Acadêmica de Arte e Mídia (UAAM) da UFCG, campus de Campina Grande.

 

Viva Villa será o espaço dedicado ao maestro, em comemoração ao cinqüentenário de sua morte (1959-2009). Abordando o tema “Villa-Lobos e o Cinema”, o professor Romero Azevedo, da UAAM, falará sobre o artista e de toda sua trajetória de vida, mostrando sua importância e contribuição para a música clássica no Brasil e no mundo. O evento terá um recital de violoncelo e piano no dia 17, às 17h, mesmo horário marcado para a exibição do filme nesta segunda. 

 

A palestra falará sobre o filme Villa-Lobos, uma história de paixão, a cinebiografia do maestro carioca, que narra o momento que ele se prepara para um concerto de gala no teatro Municipal do Rio de janeiro, onde será homenageado. É a última vez que o maestro sai de casa. Durante o concerto, são evocadas lembranças de sua vida, utilizando-se da música como elemento dramático fundamental.

 

No retorno ao passado, Villa-Lobos confronta a violência do pai, a tristeza de sua mãe, o desencontro afetivo com a primeira esposa, Lucília Guimarães, a impossibilidade de ter filhos, a rejeição de sua arte, o fracasso, falta de dinheiro, a doença e a mutilação, além do medo de perder Arminda Neves d'Almeida a Mindinha (Midinha), que foi o seu grande amor. Enfim, o filme traça o abismo que foi a sua vida, entre a genialidade e a loucura.

 

Vida

 

Filho de Noêmia Monteiro Villa-Lobos e Raul Villa-Lobos, Heitor foi desde cedo incentivado aos estudos, pois sua mãe queria vê-lo médico. No entanto, o pai, que era funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador, lhe deu instrução musical e adaptou uma viola para que o menino iniciasse seus estudos de violoncelo.

 

Aos 12 anos, já órfão de pai, Villa-Lobos passou a tocar violoncelo em teatros, cafés e bailes; paralelamente, interessou-se pela intensa musicalidade dos "chorões", representantes da melhor música popular do Rio de Janeiro, e, neste contexto, desenvolveu-se também no violão.

 

Inquieto, empreendeu desde cedo escapadas pelo interior do Brasil, primeiras etapas de um processo de absorção de todo o universo musical brasileiro e ganhou projeção internacional, especialmente na França e nos Estados Unidos. O jornal The New York Times dedicou artigo especial ao maestro no dia seguinte à sua morte.

 

(Rosângela Araújo – Ascom/UFCG)


Data: 13/11/2009