Projeto Trilhando caminhos rumo à igualdade está orçado em R$ 120 mil

O projeto Trilhando caminhos rumo à igualdade: proposta de acessibilidade e permanência na universidade, coordenado pela professora Nadege Silva Dantas, coordenadora de Extensão Cultural da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi contemplado com o Programa de Acessibilidade na Educação Superior (Incluir), do Ministério da Educação (MEC). O programa propõe ações que garantem o acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino superior (Ifes). O projeto está orçado em R$ 120 mil.

O Incluir tem como principal objetivo fomentar a criação e a consolidação de núcleos de acessibilidade nas Ifes, que garantam a integração de pessoas com deficiência à vida acadêmica, eliminando barreiras comportamentais, pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação. Desde 2005, o programa lança editais com a finalidade de apoiar projetos de criação ou reestruturação desses núcleos nas Ifes. Os núcleos melhoram o acesso das pessoas com deficiência a todos os espaços, ambientes, ações e processos desenvolvidos na instituição, buscando integrar e articular as demais atividades para a inclusão educacional e social dessas pessoas.

São recebidas propostas de universidades do Brasil inteiro, mas somente as que atendem às exigências do programa são selecionadas para receber o apoio financeiro do MEC. Na UFCG, o projeto Trilhando caminhos rumo à igualdade: proposta de acessibilidade e permanência na universidade propõe criar um Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE), visando assegurar aos alunos, professores e funcionários com necessidades especiais condições de acesso às dependências da universidade, sem quaisquer obstáculos;

"Para elaboração do projeto, buscou-se identificar, no âmbito da UFCG, os entraves e obstáculos que limitam o acesso e à circulação de pessoas com deficiências e das com mobilidade reduzida. Além disso, foi feita uma parceria com a Associação dos Surdos de Campina Grande e com o Instituto dos Cegos de Campina Grande, Organizações não-governamentais, que contam com uma equipe de profissionais competentes que irão auxiliar nos cursos de Libras e de Braille", declara Nadege Dantas.

O NAPNE ficará concentrado no prédio da Biblioteca Central da UFCG e apoiará, também, os demais Centros da Universidade, pois a idéia é ampliar, posteriormente, a proposta visando a criação de outros núcleos correlatos nos referidos campi.

Os recursos destinados ao projeto serão utilizados na instrumentalização do Núcleo com equipamentos específicos para a acessibilidade (computadores, impressora e teclado Braille, lupa eletrônica, amplificador sonoro, entre outros). Além disso, serão feitas, nos setores estratégicos, pequenas adaptações como: colocação de rampa, corrimão, sinalização tátil, alargamento de portas, que facilitem o livre acesso das pessoas com necessidades especiais, em conformidade com a ABNT, NBR 9050 de 2004 e Decreto nº 5296 de 02 de dezembro de 2004.

"Com esta proposta, a UFCG estará cumprindo, também, as exigências da Lei da Acessibilidade, em relação as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios e espaços de uso público", avalia a professora, assegurando que a preocupação maior consiste em capacitar e sensibilizar docentes e técnicos da UFCG para que saibam lidar com as necessidades educativas dos alunos com deficiência e propiciar-lhes atendimento adequado nas dependências da universidade para evitar que eles fiquem excluídos.

"Não adianta receber o aluno deficiente em sala de aula se essa não oferece as condições adequadas para o seu aprendizado, ou se o professor não se encontra capacitado para atender às suas necessidades. Entende-se que não basta apenas a boa vontade de alguns. Inclusão exige rupturas e a busca de alternativas viáveis, pois também é certo que todos têm o direito à educação de qualidade”, finaliza.

(Rosângela Araújo - Ascom/UFCG)