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UFCG integra programa de monitoramento do Clima Espacial no Brasil

Atividade solar pode provocar tempestades geomagnéticas e uma série de fenômenos que afetam desde o funcionamento de satélites até a distribuição de energia elétrica

Representantes dos principais centros de pesquisasespacial do planeta estiveram reunidos, na última semana, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, SP, participando do I Workshop sobre o Programa do Clima Espacial - Embrace (Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial).

“O clima espacial pode ser entendido como o conhecimento e predição da resposta do ambiente espacial às contínuas mudanças dos fenômenos solares”, explica o professor Ricardo Buriti da Costa, da Unidade Acadêmica de Física da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que representou a instituição no evento.

“Explosões e ejeções solares injetam grande quantidade da massa e energia no meio interplanetário, alcançando a Terra e provocando tempestades geomagnéticas e uma série de fenômenos que afetam desde o funcionamento de satélites, distribuição de energia elétrica, gasodutos, oleodutos, até o uso de receptores GPS na superfície da Terra”, alerta.

No ambiente espacial brasileiro, tais efeitos são particularmente mais intensos devido à grande extensão territorial do país, distribuída ao norte e ao sul do equador geomagnético. “A ocorrência de bolhas de plasma na ionosfera, por exemplo, é mais freqüente no Brasil do que em outros locais”, observa o pesquisador.

A UFCG é uma das instituições brasileiras que participa do programa, que, segundo Costa, deve estar completamente operacional em 2013. A contribuição da universidade se dá através de dados adquiridos por instrumentos do Observatório de Luminescência Atmosférica da Paraíba (OLAP), instalado no município de São João do Cariri.

“Estes instrumentos, cedidos pelo Inpe e pelas universidades norte-americanas de Illinois e de Clamson, realizam medidas de vários parâmetros da alta atmosfera” afirma Costa, garantindo que outros instrumentos também serão, em breve, instalados pelo Embrace no OLAP, nos campi da UFCG em Campina Grande e em Cajazeiras, onde já se encontram em operação, desde maio, vários equipamentos realizando medidas ionosféricas.

Na página do Embrace é possível observar o monitoramento, em tempo real, dos indicadores de atividade solar, atividade de raios cósmicos, índice de pertubação geomagnética e índice de cintilação ionosférica.

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 09/10/2009