topo_cabecalho
Acesso ao ensino superior cresce mais entre população pobre, diz pesquisa

Motivação para classes C, D e E é possibilidade de aumento da renda

 

Entre 2004 e 2008, a quantidade de alunos na rede particular de Ensino Superior pertencentes à classe C aumentou 53% e passou a representar 22,1% dos estudantes do setor privado. No mesmo período, as classes A e B permaneceram estagnadas no segmento. Os dados são de pesquisa da Hoper Consultoria e Estudos de Mercado de Educação e Tecnologia e foram apresentados pelo presidente da empresa, Ryon Braga, durante palestra realizada no segundo dia do 11º FNESP (Fórum Nacional de Ensino Superior Particular Brasileiro) em São Paulo.

 

O estudo indica ainda que embora as classes D e E representem apenas 5,9% do total de alunos da rede privada, o crescimento no período foi bastante expressivo. "O aumento foi de 95,3% na classe D no período e de 176% na E", revelou Braga. Ele afirma que o crescimento está ligado ao preço da mensalidade. "Não adianta fazer cursos para as classes mais baixas e cobrar R$ 700. A instituição fechará por falta de estudantes", declarou Braga. [Clique aqui para conferir o texto na íntegra]

 

IES devem contribuir com desenvolvimento profissional

 

A abertura do segundo dia de debates do 11º Fnesp (Fórum Nacional de Ensino Superior Particular) nesta sexta-feira, 25 de setembro, foi marcada pelo questionamento do presidente do grupo Ibmec Educacional, Eduardo Wurzmann, sobre a contribuição efetiva das IES (instituições de Ensino Superior) sobre o desenvolvimento profissional dos alunos face às demandas de mercado.

 

O dirigente explicou a estratégia que usa na tentativa tornar o ensino oferecido por seu grupo mais afinada com aquilo que o mercado demanda e, dessa forma, propiciar uma formação mais direcionada ao que as empresas buscam. "Mantemos contato constante com algumas empresas para saber quais características consideram necessárias aos profissionais para, dessa forma, formarmos alunos com esse tipo de perfil", explicou Wurzmann. Ele garantiu que o resultado se reflete na taxa de empregabilidade dos formandos. Wurzmann apresentou dados segundos os quais 70% dos alunos da instituição se formam já empregados. [Clique aqui para conferir o texto na íntegra]

 

Falta de iniciativa dos gestores impede inovação de IES

 

A diretora acadêmica de graduação do grupo Anhangüera Educacional, Ana Maria Sousa, afirmou nesta quinta-feira, 24 de setembro, que a estrutura curricular que perdura no Ensino Superior não é eficiente para a formação do senso crítico dos estudantes. Segundo ela, a transformação do modelo, que poderia auxiliar as instituições a enfrenta a crise econômica com menos dificuldade, esbarra na falta de iniciativa dos gestores e na necessidade de aprovação junto ao MEC (Ministério da Educação). Ana Maria foi uma das palestrantes da última mesa de debates do primeiro dia de debates do 11º FNESP (Fórum Nacional de Educação Superior Particular Brasileiro).

 

Ana Maria chamou a atenção para a importância das transformações que o mercado sofre e criticou a postura do MEC em relação à alterações. "O MEC nem sempre é favorável às mudanças. Para que o modelo diferenciado seja aprovado, há necessidade dos dirigentes da instituição se convencerem da necessidade dele para conseguirem argumentar com o governo", defendeu ela. [Clique aqui para conferir o texto na íntegra]

 

Setor educacional viverá onda de compras e fusões

 

Acompanhando os primeiros indícios de recuperação da crise econômica, o mercado do Ensino Superior deve passar por consolidação, o que ocorrerá a partir de uma onda de compra e fusão entre IES (instituições de Ensino Superior). Essa é a previsão de Martin Escobari, sócio da Advent Internacional e co-fundador do portal Submarino.com. Ele acredita que o setor, mesmo em meio à crise, está fortalecido e movimenta cerca de R$ 49 bilhões por ano. No entanto, alertou: "instituições mais ágeis têm mais chances de serem bem sucedidas com a melhora da economia".

 

Dentre as medidas apontadas por Escobari como necessárias para evitar abalos mais significativos nas IES está a redução dos índices de evasão - hoje na casa de 45% -, o que poderia ser combatido com o aumento da oferta de crédito educacional por parte das instituições. "Do total de alunos que abandonam o estudo, 80% o fazem por razões econômicas, sendo que 95% dos graduandos da rede privada trabalham para manter os estudos", afirmou ele. [Clique aqui para conferir o texto na íntegra]

 

Avaliação do governo prejudicaria instituições privadas

 

A imparcialidade dos instrumentos de avaliação e regulamentação de cursos e de IES (instituições de Ensino Superior) utilizados pelo MEC (Ministério da Educação) foi colocada em xeque hoje, durante a sessão de Avaliação, Regulação e Supervisão do 11º FNESP (Fórum Nacional de Ensino Superior Particular Brasileiro). O fórum é realizado em São Paulo sob o tema central "Ensino Superior Privado na Economia Nacional". De acordo com Sérgio Fiuza de Mello Mendes, vice-reitor do Cesupa (Centro Universitário do Estado do Pará), os métodos de avaliação do governo tendem a prejudicar as instituições privadas.

 

"Apenas as universidades públicas se salvam, pois o MEC criou um modelo de avaliação baseado nelas", criticou Mendes. O vice-reitor afirmou ainda que a aplicação de um modelo único de avaliação não considera as particularidades de cada instituição. "A prova não se aproxima da realidade do ensino e se o modelo do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) persistir, as universidades passarão a formar estudantes com o objetivo de terem notas satisfatórias no Exame", afirmou Mendes. [Clique aqui para conferir o texto na íntegra]

 

Dinheiro público ajuda ricos, diz conselheiro da Fiesp

 

A abertura da 11º edição do Fnesp (Fórum Nacional de Educação Superior Particular Brasileiro), que começou nesta quinta-feira, 24 de setembro, na capital paulista, foi marcada por críticas ao direcionamento dos investimentos públicos em Ensino Superior. Segundo Eduardo Gianetti da Fonseca, membro do Conselho Superior de economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), os recursos do governo para educação pública Superior beneficiam quem menos precisa de incentivos. De acordo com ele, 93% dos estudantes de instituições públicas no Brasil fazem parte dos 40% da população mais rica.

 

Fonseca diz que a maioria desses alunos vem de instituições privadas de Ensino Fundamental e Médio. "A parte da população que só teve acesso ao ensino da rede pública não tem como competir nos processos seletivos com os que estudaram em instituições privadas", afirma Fonseca. Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) declarou que ao voltar os investimentos para a rede pública de Ensino Superior, o governo beneficiaria uma parcela menor da população. Segundo ele, 70% dos estudantes de Ensino Superior estão matriculados na rede privada. "Em pesquisa realizada pelo próprio sindicato, constatamos que 86% da mão-de-obra do estado é proveniente de instituições privadas e que 91% desses graduandos estão satisfeitos com a qualidade do Ensino", acrescentou ele. [Clique aqui para conferir o texto na íntegra]

 

(Universia)


Data: 25/09/2009