José Vieira Alves

O estudante campinense Felipe Gonçalves Assis, de 19 anos, que cursou no semestre passado o 5º período do curso de Engenharia Elétrica da UFCG, conquistou medalha de prata na XVI Olimpíada Internacional de Matemática para Estudantes Universitários (International Mathematical Competition for University Students – IMC), realizada na cidade de Budapeste (Hungria), entre os dias 25 a 30 de julho passado. A delegação brasileira foi formada por 19 alunos do ITA, UFCG, IME, UFC, UFSC, UNICAMP, UNESP e USP/São Carlos, e 01 professor responsável pela equipe. Os brasileiros ganharam 1 medalha de ouro, 7 medalhas de prata, 7 medalhas de bronze e 4 menções honrosas.

Brasil e as medalhas na IMC

O Brasil participa desta importante competição desde 2003, tendo conquistado um total de 10 medalhas de ouro, 20 medalhas de prata, 27 medalhas de bronze e 27 menções honrosas. Várias das principais instituições de ensino do mundo têm participado da IMC, tais como: Cambridge, École Polytechnique, Instituto Max Planck, Instituto Technion, MIT, Oxford, Universidade Complutense de Madri e Universidade de Moscou.

A participação brasileira na competição é organizada através da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), e conta com o apoio das universidades brasileiras que possuem alunos participando. A primeira participação de estudantes paraibanos na IMC ocorreu em 2005, com o campinense Diogo Diniz Pereira da Silva e Silva (atualmente doutorando em matemática na UNICAMP e professor do Departamento de Matemática e Estatística da UFCG) que também levou medalha de prata.

Felipe e suas conquistas

Felipe é um jovem de mente fértil e brilhante. Ao mesmo tempo em que faz o curso de Engenharia Elétrica, é também aluno do mestrado em matemática do Departamento de Matemática e Estatística da UFCG. Em 2006, quando prestou vestibular, conseguiu 5º lugar em Direito na UEPB, 1º lugar em Medicina e na área da Saúde na UFPB, e 1º lugar geral na UFCG. Fora a medalha de prata na IMC, suas outras conquistas foram as seguintes:

·                     4 medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (2003 a 2006);

·                     2 medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Física (2004 e 2005);

·                     1 medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Biologia (2006);

·                     2 medalhas de ouro na Olimpíada Paraibana de Física (2004 e 2005);

·                     1 medalha de ouro na Olimpíada Pessoense de Matemática (2005);

·                     7 medalhas de ouro na Olimpíada Campinense de Matemática (2000 a 2006);

·                     1 medalha de prata na XI Olimpíada Internacional de Astronomia (2006);

·                     1 medalha de prata na Olimpíada Norte/Nordeste de Química (2006);

·                     3 medalhas de prata, 1 medalha e bronze e 1 menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática (2001, 2003, 2006, 2007 e 2008);

·                     1 medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Química (2006);

·                     2 menções honrosas na Olimpíada Brasileira de Química (2004 e 2005);

·                     1 menção honrosa na Olimpíada de Maio (2001) – olimpíada internacional de matemática.

O jovem Felipe é também um craque do piano. Todos os anos ele participa do Recital de Piano realizado no Teatro Municipal Severino Cabral, quando toca músicas de autores consagrados, tais como: A. Webber e C. Hart, L. Van Beethoven, Tschaikowsky e outros famosos da música clássica.

Segundo o geneticista russo Wladimir Efroimson, “o talento não é uma propriedade privada, é uma propriedade pública e ninguém tem o direito de desperdiçá-lo”. Infelizmente, centenas de crianças e jovens paraibanos perdem a oportunidade de darem um passo de qualidade em suas vidas. Na OBMEP 2009 (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), foram inscritos mais de 19 milhões de alunos de 43.851 escolas brasileiras, o que corresponde a 99,1% dos municípios do Brasil. Mas, na Paraíba, várias escolas estaduais e municipais não fizeram as suas inscrições nessa competição.

José Vieira Alves é professor aposentado do Departamento de Matemática e Estatística da UFCG, coordenador regional das Olimpíadas Brasileiras de Matemática e professor orientador da OBMEP em Campina Grande.