Em Dia com a Poesia Velhice Estou diante de mim, buscando o que tenho e o que tive; percorrendo o tempo, olhando o gado que tenho e o que tive; olhando a velha máquina de moer milho, amontoando minhas lembranças de menino, corria no pasto, debruçava-me ao nascer do sol ; cantava junto ao alarido dos pássaros enamorava a doce Dulce junto ao alpendre de sua casa. Homem camponês! Homem urbano! Homem! A velhice nos sonda; esmaece-nos cortou nossa juventude entre minhas mãos a marca do tempo; em minha mente visões. Vejo meu corpo morrer, estou morrendo, estou beirando o que fui, o que sou e o que serei; tento reintroduzir vida, as marcas de menino ficaram neste espaço; sentado nesta rede, vou decifrando do que fui e o que sou; sou menino, sou rapaz, sou homem, sou velho. Embalado por este homem que mora em mim, vou rasurando esta velha folha, assim como eu os eixos da vida. Nesses versos digo quem sou. Ítalo Vinícius Gomes de Lima 04 de Setembro de 2008 Data: 03/07/2009 |