topo_cabecalho
Brasil terminou 2007 como o quinto maior mercado de softwares

Estudo encomendado pelo MCT aponta que tecnologia da informação (TI) tem atraído cada vez mais investimentos externos; Exportações brasileiras de TI têm crescimento anual de 75%

O Brasil subiu cinco posições no mercado de offshore do setor de software em dois anos, saindo da décima posição, em 2005, para o quinto lugar, em 2007. A nova colocação revela que o setor de tecnologia da informação (TI) tem atraído cada vez mais investimentos externos.

As conclusões integram um estudo da consultoria A. T. Kearney, coordenado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

Os dados demonstram ainda que as exportações do setor passaram de US$ 800 milhões em 2007 para US$ 1,4 bilhão no ano passado. Os resultados foram apresentados nesta quinta-feira, dia 16, em Brasília, ao ministro da CT, Sergio Rezende e a representantes do Mdic, da Casa Civil e outras entidades do setor.

O ministro ficou satisfeito com os resultados obtidos pelo setor de TI e destacou que a indústria de software é um dos pontos principais da política industrial adotada pelo governo Lula, desde o seu primeiro mandato.

"Lógico que queríamos estar melhor posicionados, mas devemos ficar muito contentes com a evolução. E, diante disso, gostaria de agradecer todo o setor pela mobilização e articulação", disse.

Rezende destacou ainda que, apesar da crise, o governo federal segue investindo em políticas de estímulo a inovação e pesquisa. Ele citou o edital da Subvenção Econômica, da Finep, de R$ 450 milhões para projetos voltados inovação tecnológicas em produtos e serviços em seis áreas estratégicas: Tecnologias da Informação e Comunicação; Biotecnologia; Saúde; Defesa Nacional e Segurança Pública; Energia e Desenvolvimento Social.

Os recursos da subvenção são não-reembolsáveis, ou seja, as empresas beneficiadas não precisam devolver o dinheiro recebido. O ministro destacou também o papel do BNDES, inclusive na fusão de empresas para que o Brasil consiga competir no mercado global.

Próximo passo

De acordo com o representante da A. T. Kearney, Antônio Almeida, o próximo passo da pesquisa será dado junto às empresas estrangeiras. "Nesse segundo momento, visitaremos algumas empresas formadoras de opinião e, também, compradoras de tecnologia para saber como veem o Brasil. Vamos saber, por exemplo, se consideram o País como um possível comprador quando decidem efetuar uma compra. Se se consideram, queremos saber os motivos e, se não consideram, quais são as causas", informou.

Almeida disse que apesar da posição, o Brasil ainda é um País caro em relação às regiões mais competitivas. "Temos uma carga tributária cara, a mão-de-obra qualificada também é uma das mais altas e, por último, falta incentivos principalmente para o setor que produz softwares. Precisamos melhorar neste sentido", apontou.

Estudo anterior

Um estudo semelhante foi realizado também pela empresa A. T. Kearney há quatro anos, quando o governo federal adotou um pacote de medidas para estimular o setor de software do País. Problemas como a alta carga tributária e a baixa capacitação em idioma inglês dos profissionais da área ainda persistem.

Entretanto, segundo Almeida, a principal surpresa foi o destaque do mercado interno, considerado maior que o da Índia. "Outra curiosidades de destaque é que os programas embarcados em aparelhos de celular de uma empresa de grande porte são testados no Brasil", mostrou.

O estudo foi encomendado pelo MCT e Finep/MCT, com a participação do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).


(Com informações da Assessoria de Comunicação do MCT)


Data: 17/04/2009