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Passeio Virtual pela Exposição Portinari

Séries Bíblica e Retirantes podem ser vistas no Universia

 

Desde cedo Portinari indicava que havia sido beneficiado com o talento das artes plásticas. Já aos 15 anos buscava refinar suas técnicas ao se matricular na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, a mais de 700 km de distância de sua terra natal, Brodowski, no interior do Estado de São Paulo. Ao final de sua vida, aos 58 anos de idade, havia pintado cerca de 5 mil obras, desde esboços até grandes murais.

 

Em seu trabalho é possível ver a versatilidade do artista. "Portinari foi uma figura importante e emblemática para a cultura brasileira por seus trabalhos e sua postura. Era um grande desenhista, um artista completo", salienta a coordenadora do acervo do MASP (Museu de Arte de São Paulo), Eunice Sofia. "Trabalhava tanto a pintura acadêmica, com desenhos maravilhosos, como o traço típico da cultura cubista, influenciado por Picasso", completa.

 

Além da questão estética e cultural, suas obras revelam engajamento e preocupação social, como pôde ser visto na exposição Portinari - As séries Bíblica e Retirantes, que o MASP expôs no começo de 2009 e que agora pode ser vista.

 

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O Museu escolheu essas duas séries, cujas telas fazem parte de seu acervo, para serem expostas em resposta à demanda do público e porque o espaço era adequado às grandes dimensões das obras. "Quando não estão expostas, o público reclama muito. São obras importantes que temos na coleção, de um dos pintores mais importantes do País", explica Eunice.

 

Outras obras do artista fazem parte do acervo do Museu, como o Lavrador de Café, de 1939, "uma pintura moderna, que tem uma paisagem metafísica", conforme explica Eunice. Essa pintura, junto de "O Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso, de 1904, foi roubada em dezembro de 2007. Foram recuperadas dezenove dias depois, numa casa do município de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Em companhia de outras obras, "O lavrador de café" está na exposição permanente "Olhar e ser visto", em comemoração aos 60 anos do Museu.

 

(Portal Universia)


Data: 13/03/2009