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Passeio virtual revela facetas de poeta Ariano Suassuna

Quem não pode visitar a mostra, tem a chance de conferir tudo on-line

 

Como dramaturgo, poeta e romancista foram inúmeras publicações, entre elas "O Santo e a Porca", a "Farsa da Boa Preguiça" e, possivelmente a mais famosa delas, o "Auto da Compadecida". Essas peças ganharam destaque nos principais jornais e livrarias do País, mas a criação artística do professor, filósofo e gestor cultural Ariano Suassuna não pára por aí. O paraibano também marcou a história das artes visuais brasileira ao revelar um aspecto pouco divulgado de seu talento.

 

A exposição "Ariano Suassuna: Iluminogravuras - a Estética Armorial", que segue em cartaz até o próximo domingo, 15 de fevereiro, no Santander Cultural, em Porto Alegre, mostra essa faceta pouco conhecida do artista.

 

Quem não pode visitar a mostra pessoalmente tem agora a oportunidade de conferir o passeio virtual com as principais obras gráficas de Suassuna, que deram origem ao Movimento Armorial. Mesmo que você tenha visto a exposição, pode aproveitar para rever os detalhes do que mais gostou.

 

Conheça as obra do artista gráfico Suassuna, clique aqui para começar o passeio virtual.

 

A exposição reúne 153 obras entre iluminogravuras, xilogravuras e símbolos armoriais que expressam outras habilidades de Suassuna. "Vocação que nasceu a partir da iniciativa de ilustrar seus próprios livros. Sua participação nas artes gráficas brasileiras, no entanto, foi ainda mais significativa com a criação do movimento armorial", afirma Júlia Pelegrino, curadora da exposição.

 

Originalmente atribuído ao conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo, na obra de Suassuna a palavra armorial ganhou um novo significado. "Passou a designar criações que buscavam nas tradições populares brasileiras elementos que contribuam para a construção de uma arte erudita essencialmente nacional", descreve Júlia.

 

É por isso que as obras de Suassuna seguem a mesma premissa do movimento que instituiu no País. "São desenhos fortes, quase sempre contornados, como herança da pintura popular nordestina. Suas técnicas se assemelham às cerâmicas e tapeçarias, há ausência de perspectiva, de profundidade ou relevo, e abundância de cores puras, distribuídas em zonas achatadas", analisa Júlia.

 

(Portal Universia)


Data: 13/02/2009