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Equipe da UFCG conquista 1º lugar na Competição Latino-americana de Robótica

A criatividade e a tecnologia usadas pelos alunos do curso de Engenharia Elétrica da UFCG, campus Campina Grande, foram fundamentais para a conquista de mais um prêmio internacional para a instituição. A equipe da UFCG conquistou o 1º lugar da Competição Latino-americana de Robótica, que reuniu representantes de vários países, de 25 a 31 de outubro passado, na Bahia.

 

Intitulada eROBÓTICA, a equipe campinense concorreu na categoria Robôs Virtuais de Resgate Simulado (Robocup Virtual Robots Rescue), na qual robôs reais são modelados e integrados em um ambiente de simulação onde são reproduzidos cenários de desastres. As equipes de robôs são, então, programadas para vasculhar o cenário à procura de sobreviventes.

 

"O cenário do desastre é apresentado às equipes momentos antes do início da competição", explica o coordenador Antonio Marcus Nogueira Lima, do Departamento de Engenharia Elétrica. "Cada equipe teve um tempo estipulado para ajustar os parâmetros de sua estratégia. O cenário apresentado pela comissão do evento foi de um desastre em um prédio, onde os representantes teriam que realizar encontrar e salvar as vítimas, usando um robô virtual, com sensores, câmeras e outros recursos tecnológicos", disse.

 

Quanto menos houvesse interferência do controlador humano - ou seja, quanto mais o robô agisse sozinho usando seus próprios recursos-, mais pontos seriam dados à equipe. Foi o que aconteceu com os representantes da UFCG. Usando um modelo de um robô comercial, eles usaram muita criatividade e tecnologia para dotá-lo com a capacidade de se mover de forma autônoma e detectar cada uma das peças colocadas no cenário, desde entulhos a objetos inanimados e seres humanos.

 

No caso das pessoas, o robô foi adaptado com sensores capazes de discernir entre vítimas com vida e as mortas. Segundo o professor Antonio Marcus, a detecção do estado da vítima foi feita utilizando técnicas de processamento de imagem. Para vencer a competição, os participantes teriam que obedecer algumas regras, como por exemplo, o tempo da ação de salvamento, nesse caso, 20 minutos. Tanto esse detalhe como os outros foram obedecidos pela equipe, que venceu a prova por realizá-la com menos interferência do operador humano no controle dos robôs.

 

Thiago de Freitas Oliveira de Araújo e Aristóteles Terceiro Neto, respectivamente do 8º e 7º períodos  de  Engenharia Elétrica  foram dois, dos 12 componentes do eROBÓTICA, que participaram da competição.  Para eles, a conquista do prêmio foi muito especial e eles mereceram devido aos esforços e a qualidade da tecnologia mostrada na prova. "Ficamos muito felizes porque conseguimos representar bem a Universidade, mostrar nossa tecnologia para outros países e deste modo, obtivemos a classificação para participar da competição mundial", comentou Thiago.                 

 

Prova virtual serve como base para uma ação prática

 

O cenário usado pela comissão organizadora do evento sobre Robótica, na Bahia, reuniu grandes instituições da América Latina e da Europa. O cenário usado para a Robótica Virtual, conforme o professor Antonio Marcus, foi apresentado como intuito de que cada instituição mostrasse suas tecnologias, as quais poderão servir de exemplo e base para as ações de salvamento na prática, feitas por corporações com o Corpo de Bombeiros, a polícia e pessoal especializado em resgates no mundo inteiro.

 

No caso da UFCG, o projeto eROBÓTICA confirmou que tem condições de desenvolver robôs, a partir das experiências virtuais, com capacidade de atuar como peças fundamentais nas ações de resgates em desastres como o apresentado na competição. Lógico, como explica o professor, que numa ação real, a participação de um controlador humano, através de um controle remoto, seria bem mais exigida.

 

No entanto, o que contava na competição era a criação de um robô com menos necessidade desses comandos, o que confirmaria a alta tecnologia usada em sua formação. Foi o que aconteceu com o equipamento desenvolvido pela equipe da UFCG. "Com isso, numa cena real, os robôs teriam uma maior utilidade e maior colaboração nas ações das equipes de resgate", esclarece Antonio Marcus.

 

Ele exemplifica o World Trade Center como cenário, onde se poderia utilizar robôs de resgate, com menos riscos para as equipes humanas, já que antes de enviar homens para salvar e encontrar pessoas sob os escombros, o robô entraria primeiro no local e através de sensores enviaria informações da área interna para os controladores, sem contar que ele também detectaria, por meio das câmeras, a existência e localização das vítimas.

 

(Rosângela Araújo – Ascom/UFCG)


Data: 21/11/2008