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Artigo - Resposta da ADUFCG-PATOS ao Prof. Márcio Caniello

Por Edisio Azevedo

 

 

Sr. Professor,

 

Causou-nos estranheza a nota “Autonomia universitária, eleições e normalidade democrática” publicada no sitio da UFCG em 12 de novembro de 2008, pelas seguintes razões:

 

1.     A ADUFCG-PATOS reconhece o Colegiado Pleno como instância máxima e apropriada para discussão e deliberação do tema em tela, tanto é que a nota conjunta solicita tal iniciativa ao Presidente do referido colegiado para deliberar sobre o assunto, na perspectiva de contornar as ações judiciais em curso;

2.     O fato de solicitar a revisão/rediscussão do tema não é fato inédito nem atenta contra a democracia, visto que este mesmo colegiado, em reunião do dia 28/10 revogou decisão tomada em setembro/08 sobre a qualidade do voto, por recomendação do MP. Por iniciativa própria, o colegiado também pode rediscutir ou referendar suas decisões;

3.     O Prof. Márcio Caniello questiona a representação das entidades, e numa acusação extremamente leviana as denomina de golpistas. No entanto, o Professor em nenhum momento se pergunta se os conselheiros consultaram ou consultam a comunidade sobre as posições que devem ter no colegiado;

4.     Concordamos com o Prof. Márcio Caniello quando reivindica que as decisões das entidades sejam tomadas após consulta à comunidade. Sugerimos que os conselheiros(as), escolhidos pelos segmentos e diretores(as) também o façam;

5.     O requerimento das entidades preconiza a rediscussão do processo eleitoral da forma que a maioria da comunidade acadêmica defende. Em particular, sobre a paridade do voto entre os três segmentos. Isto pode ser constatado pela votação do próprio colegiado em setembro de 2008 (não faz muito tempo); Respeitar esta vontade seria um gesto, no mínimo,  democrático dos conselheiros do colegiado;

6.     A consulta coordenada pelas entidades representativas dos três segmentos é fato em várias IFES no Brasil;

7.     A ADUFCG-PATOS não se presta nem se prestará ao papel de defensora de candidaturas, mas sim da democracia interna, transparência, justiça, autonomia universitária e respeito entre os segmentos acadêmicos, características que faltaram ao Prof. Márcio Caniello neste momento;

8.     As pessoas passam, as Entidades/Instituições permanecerão e sempre estarão alertas e abertas ao debate fraterno, democrático e respeitoso, independente das posições políticas dos indivíduos. Isto é democracia e a ADUFCG-PATOS a defenderá, sempre.

 

 

Edisio Azevedo é presidente da ADUFCG-PATOS


Data: 18/11/2008