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Diferença entre investimento no ensino básico e no superior caiu

Diminuiu a diferença entre o que o Brasil investe no ensino superior e na educação básica

Estudo do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC) mostra que, em 2000, o Poder Público -contando União, Estados e municípios- investia R$ 13.867 anuais por estudante universitário, valor 11 vezes maior do que os R$ 1.254 direcionados ao aluno de educação básica, que vai de educação infantil a ensino médio.

Em 2006, o investimento por aluno no ensino superior caiu 14% (para R$ 11.820) e, no básico, subiu 41% (para R$ 1.773). A diferença passou a ser de 6,7 vezes. Segundo o ministro Fernando Haddad, o ideal é que ela estivesse em torno de 3 vezes.

O ensino médio é a etapa com pior financiamento -o investimento por aluno é de apenas R$ 1.417 anuais. O ministro aponta que o custo do aluno do ensino superior sempre terá de ser maior, até porque considera a pós-graduação e a distribuição de bolsas de pesquisa.

Para Haddad, a diferença nos dois níveis deverá cair nos próximos anos, quando poderão ser notados os efeitos do Fundeb, que elevou os recursos para o ensino básico, e do Reuni, que prevê ampliação da quantidade de alunos por professor nas universidades federais.

Ele também comemorou a divulgação de que o investimento público em educação foi de 3,9% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2000, para 4,4% em 2006. Ele defende uma ampliação para 6%.

Para Jorge Abrahão de Castro, do Ipea, é preciso investir mais em educação básica. "O ensino superior brasileiro, principalmente o público, tem gerado grande parte das pesquisas." O financiamento dos outros níveis é inadequado, diz.

Ele aponta que a redução na desigualdade do financiamento é influenciada pelo aumento nas matrículas no ensino superior e a diminuição na educação básica.

 

(Folha de SP, 30/10)


Data: 30/10/2008