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CNPq e Ministério da Saúde preparam edital para apoiar pesquisas em câncer

Criação da Rede Brasileira de Pesquisas sobre o Câncer envolve também fundações de amparo à pesquisa estaduais, o Instituto Pasteur de Montevidéu e o Ludwig Institute for Cancer Research

Pesquisadores e especialistas que trabalham com o tema câncer nas diversas abordagens de pesquisa e representantes do CNPq e Ministério da Saúde reuniram-se, na segunda-feira, para analisar os estudos existentes hoje no país, quais os gargalos encontrados e sugestões de ação que definirão estratégias de ação para a criação da rede.

Como uma das primeiras iniciativas discutidas no encontro, será lançado, em breve, um edital para apoiar pesquisas na área e que venha, também, a estimular o envio de propostas para os Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação.

"Os conhecimentos sobre conjunto de doenças evoluiu de maneira impressionante. Apesar deste grande progresso, há ainda importantes lacunas no conhecimento sobre os mecanismos básicos, celulares, da doença, a relação da heterogeneidade molecular e da histopatologia com a evolução e desfecho clínico, e a eficiência das numerosas abordagens para tratamento, cura ou melhoria da qualidade de vida", explica o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, presidente da Comissão Coordenadora responsável em organizar o programa e viabilizar a estrutura inicial da rede.

Bem-estar da população

De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) o Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, o Ministério da Saúde espera que sejam enfatizadas pesquisas na área do câncer que possam ser apropriadas pelo sistema de saúde e revertidas em benefícios para a população.

"A quantidade de recursos que temos hoje para pesquisa no país é uma conquista para o Brasil, mas traz a responsabilidade de aplicarmos estes recursos da melhor forma possível", disse o secretário.

A comissão é composta ainda por representantes da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde, da Secretária de Política e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped), do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DCT) da Finep, do Comitê Gestor do Fundo Setorial de Saúde, e da Vice-presidência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (PDT) da Fundação Oswaldo Cruz.

A rede

A criação da Rede Brasileira de Pesquisas sobre o Câncer é um esforço conjunto do Governo Federal, envolvendo o Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq, o Ministério da Saúde, fundações de amparo à pesquisa estaduais, Instituto Pasteur de Montevidéu e o Ludwig Institute for Cancer Research.

"O Instituto Nacional de Câncer (Inca) tem trabalhado em conjunto com a Fundação Ary Frauzino para a manutenção de recursos humanos qualificados, que é um dos gargalos apresentados pela maioria dos pesquisadores. Esta experiência pode ser compartilhada com as outras instituições da rede nacional de pesquisa. Também podemos contribuir com a prestação de serviços na área de bioinformática, também por meio da Fundação", Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva, diretor geral do Inca.

Os resultados esperados com a criação da Rede são a implementação de uma estratégia de unificação de pesquisa básica, translacional e clínica sobre o câncer, de forma a permitir avanços no conhecimento, e fornecer subsídios para a tomada de decisões para as políticas de saúde, propiciando melhorias na qualidade de vida da população.

(Com informações do Inca e do CNPq)


Data: 20/08/2008