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Lançamento do livro “As 100 maiores descobertas científicas de todos os tempos”

Em lançamento da Ediouro, o pesquisador Kendall Haven disseca os grandes avanços das ciências

Quando o filósofo Arquimedes pulou da banheira e gritou “Heureca!”, ele mudou os rumos da ciência. Sua descoberta - as alavancas e a força ascensorial - datada de 206 a.C, não foi a primeira da humanidade, obviamente, mas a famosa palavra tornaria o símbolo do avanço por regiões intocadas e inexploradas, a abertura para novos horizontes e o progresso do conhecimento humano.

A partir dessa descoberta, o pesquisador norte-americano Kendall Haven inicia sua seleção de As 100 maiores descobertas científicas de todos os tempos. O livro, lançado pela Ediouro, descreve em detalhes as descobertas científicas que tiveram o maior dos impactos no desenvolvimento do pensamento humano nas ciências físicas (astronomia, química, física), ciências da terra (geologia) e ciências da vida (biologia, evolução e anatomia humana e medicina).

As 100 maiores descobertas científicas de todos os tempos traz no corpo de cada verbete a razão de determinada descoberta ser uma das 100 maiores, precedido de um texto de como ela foi desenvolvida e uma curiosidade, por vezes divertida, relacionada à descoberta.

Ao longo dos séculos as descobertas evoluíram e cada uma delas serviu de mola propulsora para a solução de vários enigmas e a evolução das ciências. Como Isaac Newton, cujos conceitos de gravitação universal e leis do movimento, em 1666 e 1687, edificaram todo o estudo da física e da engenharia. E mais adiante, em 1802, John Dalton seria o responsável pelo descobrimento do átomo, modificando todo pensamento moderno do mundo da física e da química. Já a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, em 1858, foi fundamental para a biologia e a ecologia modernas.

São provas incontestáveis de que todas, a seu tempo, deram novos rumos à humanidade. Outras quebraram dogmas e crenças errôneas, incutiram novas idéias, esclareceram dúvidas e suscitaram novas perguntas. Copérnico provocou o desprezo da Igreja Católica ao revelar que o sol é o centro do universo. Pelo mesmo infortúnio passou Galileu Galilei, alvejado pelo poder da inquisição e obrigado a viver em prisão domiciliar pelo resto da vida ao utilizar telescópios para descobrir que outros planetas têm luas.

Outro cientista que inaugurou um momento decisivo da ciência foi Marie Curie, em 1901, com a descoberta da radioatividade e a entrada num mundo subatômico desconhecido. Ela foi a primeira mulher a receber Prêmio Nobel e uma das quatro pessoas que receberam duas vezes.

Albert Einstein é descrito com o cientista que tocou nossas vidas como nenhum outro. Sua fórmula, a mais famosa da história da humanidade – E = mc² – é a pedra angular para as descobertas das ligações atômicas de Niels Bohr (1913), a teoria do quantum, de Max Born em 1925, e a fissão nuclear, de Lise Meitner em 1939.

Assim como as descobertas de genes, cromossomos, o DNA e a decodificação do genoma humano, considerada a primeira grande descoberta do século XXI, descendem diretamente dos estudos do austríaco Gregor Mendel sobre hereditariedade, em 1865.

No campo da medicina ganham destaques o primeiro guia científico e preciso da anatomia humana, por Andréas Versalius; a existência das células (Robert Hooke, 1665); bactérias (Anton van Leeuwenhoek, 1680); vacina (Lady Mary Wortley Montagu e Edward Jenner); anestesia (Humphry Davy); teoria dos germes (Louis Pasteur, 1856); tipos sanguíneos (Karl Landsteiner, 1867); vírus (Dmitri Ivanovsky e Martinus Beijerinick, 1898); antibióticos (Paul Ehrlich, 1910); insulina (FredericK Banting, 1921); e penicilina (Alexander Fleming, 1928).

São descobertas que deram respostas a questões médicas e farmacológicas, fundaram campos, ajudaram a desenvolver as cirurgias médicas, erradicar moléstias e salvar milhões de vida, muitas vezes impedindo o crescimento da miséria e do sofrimento. 

As 100 maiores descobertas científicas de todos os tempos traz ainda descobertas sobre a natureza dos dinossauros, além dos mistérios que mudariam a forma do homem compreender o universo e a vida – dentre as quais a Teoria da relatividade em 1905, o Big Bang em 1948, e a origem da vida em 1952.

Um livro que, como ressalta o seu autor no prefácio, pode ser usado de diversas formas – “como referência para unidades científicas, lições ligadas aos diferentes aspectos dos campos científicos ou como uma introdução ao processo da descoberta e ao processo de induzir um estudo. Ou simplesmente como diversão”.

(Jornal da Ciência)


Data: 12/08/2008