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Brasil inicia curso de mestrado na África

Formação será em Ciências da Saúde

 

Com o objetivo de formar pesquisadores para atuar na melhoria dos sistemas de saúde dos países africanos e no controle das diversas epidemias que atingem a região, foi iniciado em Maputo, capital de Moçambique, o Curso de Mestrado em Ciências da Saúde.

A iniciativa é da Fundação Oswaldo Cruz e tem o apoio do CNPq, da Associação Brasileira da Cooperação (ABC/MRE) e da Capes.

O processo de apoiar pesquisas em outros países permite ao Brasil tornar-se referência no hemisfério Sul na produção de fármacos e de conhecimento sobre saúde pública. Por orientação do governo moçambicano, os 15 estudantes da primeira turma do curso foram selecionados entre profissionais de saúde pública ligados às áreas de serviço de laboratório ou de investigação científica. Todos são de Maputo, onde as aulas são realizadas no Centro Regional de Desenvolvimento Sanitário.

A oportunidade de ajudar no desenvolvimento da saúde pública na África surgiu em 2006, a partir de um pedido do governo moçambicano, que teve a região destruída em razão de quase 20 anos de guerras.

“O país sofre com carência de mão-de-obra qualificada, pouca confiabilidade dos diagnósticos e quadros de epidemias de diversas doenças, como Aids, tuberculose, malária, diarréias infecciosas”, explica o coordenador do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical da Fiocruz, o pesquisador Márcio Bóia.

A expectativa dos organizadores do curso é de que a qualificação desses pesquisadores sirva de base para laboratórios de referência nacional e continental de saúde pública e que atuem na capacitação de mais profissionais de saúde na África. Há projeto de criar uma nova turma em 2009 e, nos próximos anos, cursos de mestrado em outras áreas e, também, cursos de doutorado.

(Assessoria de Comunicação do CNPq)


Data: 25/06/2008