topo_cabecalho
UFCG vai implantar usina eólica experimental

O projeto, aprovado pela Capes, será realizado em parceria com a UFERSA

 

Diante de um cenário de grave crise energética e de preocupantes questões ambientais, os ventos nunca foram tão favoráveis ao desenvolvimento da energia eólica no planeta. Renovável, limpa e abundante, a energia obtida pelo movimento do ar já movimenta US$ 2 bilhões no mundo e pode garantir 10% das necessidades mundiais de eletricidade até 2020.

 

No Brasil, a previsão é que o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do Ministério de Minas e Energia, acrescente 1,1 GW ao potencial de hoje, que é de 200 MW, o que significaria investimentos de R$ 5 bilhões.

 

“É fundamental que o Brasil disponha de recursos humanos capacitados no processamento deste tipo de energia, alem de laboratórios especializados para a formação destes profissionais”, destaca Wellington do Santos Mota, diretor do Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que coordena o projeto Desenvolvimento de Controladores Digitais para Parques Eólicos Equipados por Geradores de Indução Duplamente Alimentados.

 

Aprovado recentemente pela Capes, com recursos da ordem de R$ 610 mil, o projeto é fruto de uma parceria entre o Grupo de Pesquisa em Sistemas Elétricos da UFCG e o Grupo de Pesquisa em Energia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), e visa à formação de engenheiros especializados em energia eólica e à aquisição de equipamentos para o desenvolvimento de um centro de excelência na região.

 

O projeto, que terá a duração de 4 anos, prevê a construção de dois laboratórios, um de simulação digital em energia eólica, na UFCG, e um laboratório experimental na UFERSA, em Mossoró, onde também será montada uma turbina eólica experimental.

 

Segundo o pesquisador, além dos fatores ambientais e econômicos, o desenvolvimento do projeto também tem sua importância social. “O semi-árido nordestino não possui atrativos agroindustriais, devido à seca, nem recebe incentivos para implantação de um pólo industrial ou até mesmo comercial. Neste contexto, nosso projeto pretende aproveitar o potencial da região, rica em ventos, em particular a região de Mossoró, a apenas 35 km do mar”, ressaltou.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 16/06/2008