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Lei da cotas mais uma vez fica sem votação

Mesmo após reunião do ministro da Educação, Fernando Haddad, com líderes partidários, realizada na última quarta-feira, dia 28, na Câmara dos Deputados, ter sido positiva, o Congresso ainda não pôs na pauta a votação do projeto de reserva de vagas nas instituições federais de ensino superior, técnico e tecnológico, para alunos oriundos de escola público. Porém, o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Ismael Cardoso, ficou satisfeito com o resultado do encontro com o ministro.

 

"A reunião foi boa. O ministro conseguiu mostrar para os outros parlamentares a importância das cotas para os jovens do país. Sem dúvida, essa reunião pode favorecer na votação da reserva de vagas, já que o Haddad tem bastante prestígio dentro da Câmara. O Congresso aceitou colocar a votação em pauta dentro de duas semanas", falou Ismael.

 

Depois de cerca de uma hora e meia de reunião com líderes partidários, Haddad defendeu o projeto e disse ter diminuído resistências de partidos que ainda tinham algumas dúvidas sobre o projeto.

A principal questão era em relação à distribuição proporcional das vagas por etnia, levando em consideração os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) que variam a cada estado. A argumentação dos parlamentares era de que a exclusão educacional é gerada especialmente pela questão de renda e não, pela social.

 

Entre os líderes, há consenso na reserva de vagas para escola pública, mas ainda resta dúvida em relação à distribuição proporcional por raça. E não são apenas os estudantes que mantêm as atividades de protesto. A ONG Educafro também vem participando ativamente da campanha pela aprovação da lei das cotas.

 

(Folha Dirigida)


Data: 05/06/2008