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Eça de Queiroz no Domínio Público

Maior representante da prosa realista portuguesa, Eça de Queiroz é também muito querido pelo público brasileiro. Prova disso foi o sucesso da série de televisão Os Maias, inspirada na obra do escritor português. Nascido na cidade de Póvoa do Varzim, em 1845, Eça de Queiroz foi também advogado, jornalista e cônsul. Em seus 55 anos de vida, escreveu obras que o fizeram conhecido e aclamado em todo o mundo.

 

A pesquisa por Eça de Queiroz no portal Domínio Público lista 40 obras. Clássicos do autor como O Primo Basílio, Os Maias, O Mandarim e O Crime do Padre Amaro estão a apenas um clique de distância. O custo é o interesse de um leitor atento e nada mais. Lá, é possível baixar – gratuitamente – todas as obras listadas do literato. Para quem ainda não planejou o que fazer durante o fim de semana, fica como sugestão o trecho inicial de O Crime do Padre Amaro.

 

"Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria, que o pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O pároco era um homem sangüíneo e nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão dos comilões. Contavam-se histórias singulares da sua voracidade. O Carlos da Botica — que o detestava — costumava dizer, sempre que o via sair depois da sesta, com a face afogueada de sangue, muito enfartado:

 

— Lá vai a jibóia esmoer. Um dia estoura!

 

Com efeito estourou, depois de uma ceia de peixe — À hora em que defronte, na casa do doutor Godinho que fazia anos, se polcava com alarido. Ninguém o lamentou, e foi pouca gente ao seu enterro".

 

Assim como O Crime de Padre Amaro, outros livros de Eça de Queiroz foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas. A maestria do autor o colocou como grande renovador do romance português. Ao abandonar a linha romântica e estabelecer uma visão crítica da realidade, ele superou os escritores de sua geração.

 

Além de Eça de Queiroz, a obra de muitos outros escritores está disponível no portal Domínio Público. Com três anos de funcionamento, o sítio, do Ministério da Educação, tem 79.374 obras cadastradas e um registro de 9,3 milhões de visitas, de acordo com dados de abril deste ano. Lá, é possível acessar gratuitamente obras literárias, artísticas e científicas em forma de textos, sons e imagens.

 

(Fonte: Ana Guimarães - MEC)


Data: 27/05/2008