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XXIII Prêmio Jovem Cientista é tema de palestra em Campina Grande

Inscrições para o Prêmio estão abertas até o dia 8 de agosto de 2008

 

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, foi palco de um auditório lotado em palestra realizada pelo XXIII Prêmio Jovem Cientista nesta quinta-feira, dia 15. O tema abordado foi Energia e Sociedade: um longo percurso, apresentado pelo chefe de gabinete da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) - empresa do Governo Federal que possui o maior parque de energia elétrica do país- Vinícius Queiroga. Ele falou sobre como a estrutura social  e tecnológica interferem na estrutura energética e destacou que, para ter mais soberania, o Brasil tem que investir mais em tecnologia.

 

Vinícius Queiroga explicou a correlação entre o tema da palestra e o tema da XXIII edição do Prêmio Jovem Cientista, Educação para Reduzir as Desigualdades Sociais, que será a base para as pesquisas e trabalhos dos futuros vencedores da edição deste ano. “A educação é a base da formação de uma sociedade. Tem a ver com o não desperdício da energia e com o despertar da população para a formação de cidadania, visando a influenciar nas políticas energéticas”, disse. Ele frisou ainda que o Prêmio Jovem Cientista vem exatamente para incentivar os jovens e estudantes a intensificarem o interesse nas pesquisas e o desenvolvimento tecnológico que é tão importante para o país.

 

Compuseram a mesa de abertura da palestra o reitor da UFCG, Tompson Mariz Fernandes, o pró-reitor de pós graduação  da UECG, Michel François Fossy,  a pró-reitora de pós graduação e pesquisa da Universidade do Estado da Paraíba (UEPB), Marcionila Fernandes e  Melissa Ilha Martins, coordenadora do prêmio na Fundação Roberto Marinho.

 

Michel Fossy, pró-reitor de pós graduação da UECG, disse que a realização da palestra na universidade é muito importante no sentido de dar mais motivação aos alunos que trabalham em pesquisa. “É a primeira vez que fazemos uma palestra sobre o Prêmio Jovem Cientista na universidade, que completou seis anos no ano passado. Quem sabe esse ano sai um vencedor daqui”.

 

A pró-reitora da UEPB, Marcionila Fernandes, representou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marco Antônio Zago na abertura da palestra. “A direção do CNPq zela e é atenciosa à iniciação científica de jovens e à formação de pesquisadores. O Prêmio Jovem Cientista é  marcante na América Latina. Esperamos que todos os alunos possam participar e contribuir para que as desigualdades sociais fiquem apenas no passado do nosso país”, proferiu.

 

Melissa Martins, coordenadora do prêmio na Fundação Roberto Marinho, ressaltou que o Jovem Cientista escolhe, a cada ano, temas que possam trazer benefícios para a sociedade, e lembrou que o Estado da Paraíba já teve vários vencedores. “A Paraíba nacionalmente é conhecida como um pólo de fomento e pesquisa. A partir das pesquisas e das bolsas de iniciação científica, o aluno já começa a amadurecer o seu futuro”, destacou.

 

A receptividade dos estudantes à palestra foi grande. Aluna do quarto período de Química da UFCG, Rosiane Maria da Costa Farias veio do campus Cuité para assistir à palestra em Campina Grande. Ela contou que veio representando sua professora em um projeto de iniciação científica baseado na produção de biodiesel através da semente de maracujá. “Já ouvi falar do prêmio, mas não conheço a fundo. Por isso, achei muito interessante a iniciativa da palestra. Vim para conhecer o projeto e quem sabe participar”.

 

O Prêmio

 

O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Gerdau e da Fundação Roberto Marinho. Cinco categorias são premiadas: Graduado, Estudante de ensino superior, Estudante de ensino médio, Orientador e Mérito Institucional. Haverá ainda uma Menção Honrosa para um pesquisador com título de doutor que tenha se destacado por algum trabalho cuja temática se refira ao tema do prêmio deste ano. Ele será indicado pelas sociedades científicas selecionadas previamente pelo CNPq.

 

O objetivo do prêmio é buscar, através dos diversos temas já abordados, soluções para problemas diretamente ligados à população. Neste ano, sob a ótica da Educação como mecanismo redutor das desigualdades sociais,  os estudantes de nível superior e graduados poderão basear seus trabalhos nos seguinte vieses: Mecanismos de inclusão social (tecnologia digital, educação empreendedora, acessibilidade e mobilidade social); Popularização da ciência, tecnologia e inovação; O papel da educação na superação da violência; e A educação como instrumento do antidesperdício de energia; energia como fator de segurança; conservação da energia elétrica (produção e consumo) fomentando a criação de empregos.

 

Já para os estudantes de ensino médio, os temas relacionados à Educação a serem desenvolvidos são: Educação e desigualdades sociais, (Raízes históricas das desigualdades no Brasil, Educação e superação das desigualdades); Mecanismos de inclusão (Tecnologia digital e educação; Educação a distância; Educação empreendedora e Qualidade do ensino e mobilidade social); Popularização da Ciência, tecnologia e inovação (C&T&I no currículo escolar e Divulgação da C&T&I na comunidade); Educação e superação da violência (Educação, violência e pobreza; Violência na escola) e Educação, ambiente e saúde (Educação e ambiente - relação do homem com os recursos naturais, incluindo geração e economia de energia - e Educação e saúde.Os tópicos poderão ser largamente explorados, já que a Educação é um dos grandes desafios do Brasil.

 

Premiação

 

Na categoria Graduado, os vencedores são agraciados com R$20 mil (1º lugar); R$15 (2º lugar) e R$10 mil (3º lugar). Para estudantes de Ensino superior, ao valores são de R$10 mil para o 1º lugar, R$8.500 para o 2º lugar e R$7 mil para o 3º lugar. Estudantes do Ensino médio classificados em 1º , 2º e 3º lugares recebem um microcomputador e uma impressora cada um. Essa mesma premiação será dada ao professor e à escola dos três alunos vencedores.

 

Na categoria Orientador (dos graduados e estudantes de ensino superior agraciados) serão concedidos microcomputadores e impressoras.

 

No Mérito Institucional, serão pagos R$30 mil para cada uma das duas instituições que tiverem o maior número de trabalhos inscritos no Prêmio Jovem Cientista.

 

O pesquisador que for indicado para  Menção Honrosa ganhará R$15 mil e uma placa alusiva.

Além da premiação relacionada, os primeiros colocados de cada uma das categorias ainda ganharão bolsa de estudo do CNPq. No caso do ensino médio, todos recebem bolsa de iniciação científica.

 

Inscrições

 

O regulamento do prêmio e a ficha de inscrição estão disponíveis em www.jovemcientista.cnpq.br. Os interessados podem garantir sua participação até o dia 8 de agosto.

 

(Monique Melo, Assessoria de Imprensa da Fundação Roberto Marinho)


Data: 19/05/2008