Workshop no RJ debate oportunidades de parceria e os mecanismos para obter financiamento no setor

A União Européia tem 54 bilhões de euros para investir em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de alimentos, agricultura, pesca e biotecnologia. E quer a participação brasileira nos projetos que envolvem produtos consumidos na Europa.

Por conta disso, pesquisadores de 20 unidades da Embrapa, da Fiocruz e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) estão no workshop "Fortalecendo a Colaboração Brasil-União Européia", no qual são apresentadas as oportunidades de parceria e os mecanismos para obter financiamento a fundo perdido.

Um programa criado pela União Européia direciona a seleção dos projetos (7º Framework Programe - FP7) para o período entre 2007 e 2013, visando pesquisas inéditas que atendam as demandas emergentes que passam pela produção sustentável, qualidade e segurança dos alimentos e biotecnologia para processamento de produtos não alimentícios.

Segundo Erwan LeGuen, da Brussels Enterprise Agency (Bruxelas), o programa é dividido em quatro grandes grupos: cooperação, pesquisa básica, capacitação de pequenas e médias empresas e treinamento de pesquisadores em centros europeus.

"Trata-se de uma oportunidade de estar em contato com as melhores equipes de pesquisa e encadear projetos de impacto internacional", afirmou LeGuen durante palestra no auditório da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ).

Até esta quarta-feira (14/5), serão analisadas as exigências do FP7 e os pesquisadores simularão rodadas de negócios. "O FP7 tem muito recurso, mas a seleção é rigorosa e exige articulação de parceiros experientes para a elaboração das propostas", salientou Regina Lago, chefe geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos, uma das organizadoras do Workshop.

Os próximos editais do FP7 devem sair em julho para recepção de projetos até janeiro de 2009. Os interessados terão cinco meses para estudar os requisitos, escolher um tema, formar equipes, escrever e submeter as propostas à seleção.