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Pesquisadores portugueses e britânicos desenvolvem modelo para erradicação da malária

O modelo matemático foi desenvolvido durante dois anos pelos pesquisadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, em parceria com cientistas britânicos.

 

Cientistas portugueses desenvolveram um modelo matemático que oferece uma perspectiva optimista para a erradicação da malária, que anualmente mata entre um a dois milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo em África.

O modelo matemático, desenvolvido durante dois anos pelos pesquisadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, em parceria com cientistas britânicos, demonstra a existência de um limiar de infectados abaixo do qual a doença acaba por se erradicar.

"Se conseguirmos baixar o número de casos infectados abaixo de um certo limiar, cada pessoa infectada passa a gerar menos do que uma infecção e a malária erradica-se», explicou à rádio TSF Gabriela Gomes, que liderou a equipa de investigadores.

Até agora a comunidade científica tem prestado pouca atenção àquilo a que chama malária escondida, ou seja, pessoas que ganharam imunidade clínica à doença, continuando a ser transmissoras do parasita, explicou a investigadora.

Assim sendo, o modelo revela que as medidas de erradicação não podem passar apenas pelo extermínio de mosquitos ou pelo tratamento de quem tem sintomas, mas também por tratar as pessoas que sendo imunes aos sintomas, transportam e transmitem o parasita causador da doença.

A cientista espera agora, com este trabalho, conquistar o interesse de outros investigadores que estudem a malária no campo, especialmente nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

 

(Rádio TSF)


Data: 13/03/2008