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Núcleo de desenvolvimento de chips será instalado na UFCG

Projeto é iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia. Investimento inicial é da ordem de R$ 1,5 milhão de reais.

 

Reconhecida como importante pólo tecnológico, Campina Grande terá, em breve, mais um motivo para se destacar internacionalmente como centro de excelência em tecnologia da informação. Será instalado na cidade, nos próximos dois meses, um núcleo de desenvolvimento de projetos de circuitos integrados (chips).

 

A instalação da design house (como são denominadas as empresas do gênero) é resultado direto do sucesso do chip MPEG-4, desenvolvido no Laboratório de Arquiteturas Dedicadas (LAD) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), através da Rede Brazil IP Network. O dispositivo recebeu do CNPq, em 2005, o título de melhor projeto técnico-científico do Brasil e ganhou, em 2006, o prêmio Best Design IP/SoC Conference, em conferência internacional realizada na França.

 

“Projetar circuitos integrados é uma atividade extremamente complexa, além de envolver uma das mais sofisticadas tecnologias do planeta. Ela requer uma equipe de engenheiros altamente especializados cuja formação praticamente inexistia no Brasil”, explica o coordenador do projeto e professor do Departamento de Sistemas de Computação da UFCG, Elmar Uwe Kurt Melcher, que também é coordenador técnico e membro do conselho da design house.

 

A empresa será vinculada ao Laboratório para Integração de Circuitos e Sistemas (LINCS) do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE), sediado em Recife. O projeto, uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio do Programa Nacional de Microeletrônica (PNM), tem como objetivo principal impulsionar a tecnologia de semicondutores no país.

 

De acordo com Melcher, o investimento inicial será da ordem de R$ 1,5 milhão de reais. “O investimento inclui desde estações de trabalho até pessoal qualificado dentro de um programa de bolsas”, explica. Segundo ele, os profissionais colaboradores da design house recebem, durante os três primeiros anos, bolsas do CNPq, por meio de repasse de recursos do MCT. “A previsão é que, até o final de 2008, cerca de 32 profissionais estejam fazendo parte da iniciativa”, adiantou.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG, com a colaboração de Wilson Rosas - LINCS/CETENE)


Data: 10/03/2008