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Pesquisador da UFCG participa de sessão especial na Câmara

Será debatido o fim do lixão em Campina Grande

 

A Câmara Municipal de Campina Grande promove na manhã desta quinta, 28, uma sessão especial para discutir o fim do lixão em Campina Grande. Um dos palestrantes convidados é o professor Afonso Macedo, da Unidade Acadêmica de Engenharia Civil da UFCG, que desenvolve pesquisas sobre a gestão integrada de resíduos sólidos.

 

Ele afirma que o Brasil enfrenta um colapso no saneamento (água, esgoto, lixo e drenagem) “chegando a níveis insuportáveis”. Segundo o pesquisador, a falta de água potável e de esgotamento sanitário é responsável, hoje, por 80% das doenças e 65% das internações hospitalares. “Grande parte dos esgotos domésticos e industriais são despejados sem qualquer tratamento nos mananciais de água”, alerta. “Os lixões, muitos deles situados às margens de rios e lagoas, são outro foco de problemas. É necessário estimular a sociedade para o debate sobre o tratamento a disposição de resíduos sólidos urbanos ainda é negligenciado pelo poder público”.

 

Ele considera que, em Campina Grande, os resíduos sólidos urbanos recebem tratamento inadequado. “O lixão representa o que há de mais primitivo em termos de disposição final de resíduos. Todo o lixo coletado é transportado para um local afastado e descarregado diretamente no solo, sem tratamento algum. No quadro socioepidemiológico do país, a morbidade e a mortalidade estão ligadas a causas ambientais que podem ser prevenidas mediante um manejo apropriado e adequação das questões ambientais aos aspectos de saneamento ambiental. Daí a importância de uma gestão integrada de resíduos sólidos, cuja implantação possibilitará a formulação de políticas públicas com participação ampla da sociedade”.

 

Otimista quanto à realização da sessão na Câmara, ele espera que a discussão resulte em ações que possibilitem a “humanização do quadro degradante com o qual convivemos atualmente. Soluções existem as mais variadas, competência técnica a cidade e o estado dispõem. Não devemos nos prender a paradigmas que levam a acreditar que a economia é mais importante do que a honra”, finalizou.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 27/02/2008