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Médicos criticam o excesso de cursos no Brasil

A AMB (Associação Médica Brasileira) criticou ontem o excesso de faculdades de medicina no país e pediu que o MEC (Ministério da Educação) adote critérios mais rígidos para autorizar a criação de novos cursos e fiscalizar os existentes.

 

Segundo a entidade, o Brasil é o segundo país com mais faculdades de medicina no mundo (176), atrás apenas da China.

 

"As faculdades são criadas por interesses puramente comerciais", diz o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral. Ele esteve no Paraná para discutir o assunto com a classe médica local. O ideal, disse, é que o país tivesse cerca de cem cursos.

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que um médico é suficiente para atender um grupo de mil habitantes. No Brasil, por causa da explosão de cursos nos anos 90, a proporção é de um médico para 575 pessoas.

 

Em nota, o MEC informou que a partir deste ano pretende aumentar a fiscalização sobre as faculdades. A exemplo do que ocorreu com cursos de direito no país, o ministério disse que "os da área médica devem ser fiscalizados com rigor".

 

(Agência Folha)


Data: 21/02/2008