A afirmação foi feita durante encontro do senador Garibaldi Alves Filho com entidades ligadas à educação brasileira. A iniciativa reúne, pela primeira vez, dirigentes e gestores públicos, professores, técnicos-administrativos e alunos das educações básica, tecnológica e superior em âmbito federal, estadual e municipal.

Nove entidades ligadas à educação – Andifes, CNTE, CONSED, CONTEE, FASUBRA, PROIFES, UBES, UNE e UNDIME – estiveram reunidas, na manhã desta quinta-feira (14/02), com o presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves Filho. Na ocasião, elas defenderam que os recursos destinados à área não sofram cortes ou contingenciamentos.

O vice-presidente da Andifes, reitor José Ivonildo do Rêgo (UFRN), afirmou ser fundamental a manutenção do orçamento destinado à educação. Segundo ele, é importante preservar a qualidade do ensino brasileiro, da pré-escola à pós-graduação. 'É impensável que continuemos tendo avanços, como os conseguidos nos últimos anos, sem os recursos necessários', ressaltou.

Para presidente da Undime, Justina Iva de Araújo Silva, o País tem uma dívida histórica com o ensino das crianças. 'A educação infantil é fundamental para que a população esteja melhor preparada e tenha maior desempenho e é impensável avançar sem recursos', disse.

O senador Garibaldi Alves Filho ponderou que o governo vive um momento complicado com a não prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Mesmo assim, ele acredita que o governo tem condições de defender a educação como prioridade para o País, porque há respaldo financeiro para levar adiante a decisão.

O senador Garibaldi Alves Filho colocou-se à disposição das entidades para ir às autoridades competentes para garantir que sejam mantidos os compromissos assumidos com a educação e com as entidades representativas.

Líder do Governo na Câmara não garante manutenção dos recursos para educação

As entidades também estiveram reunidas com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana, para tratar da manutenção dos recursos para a educação. A reunião contou com a presença do deputado federal Carlos Abicalil, membro da Comissão de Educação e Cultura.

O deputado Henrique Fontana ressaltou a perda de R$ 39 bilhões no orçamento em função do fim da CPMF. De acordo com ele, cerca de R$ 11 bilhões serão repostos a partir da arrecadação de tributo sobre os bancos, mas aproximadamente R$ 29 bilhões foram perdidos. 'Defendo junto à sociedade brasileira que não existem milagres', disse, transparecendo que a situação atual do País não garante a manutenção dos recursos destinados à educação.

(Lilian Saldanha/Andifes)