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Plataforma Lattes alcança 1 milhão de currículos

A Plataforma Lattes, desenvolvida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), chegou à marca de um milhão de currículos cadastrados. Concebida pelo CNPq, a Plataforma Lattes foi criada para padronizar os currículos dos pesquisadores brasileiros e implementar um banco de dados público que, entre outros benefícios, possibilitasse a obtenção de um panorama da distribuição da pesquisa científica no Brasil.

 

De acordo com o último censo levantado a partir dos dados da Plataforma Lattes, cerca de 26% dos currículos cadastrados são de mestres e doutores e 21% de graduados. A distribuição dos doutores cadastrados na Plataforma Lattes por área aponta uma maior concentração nas áreas de Ciências Exatas e da Terra e Humanas, seguidas por Ciências da Saúde, Biológicas e Engenharias. Dentre as instituições cadastradas - cerca de 4.000 – a maioria envolve o setor privado sem fins lucrativos e o empresarial (aproximadamente 30% cada). As demais estão distribuídas entre o ensino superior, o governo e o ensino técnico, profissional e de ensino médio.

 

Hoje, uma referência mundial, a Plataforma possui uma versão em língua espanhola e está integrada à rede ScienTI, criada pelo CNPq e a Organização Pan-americana de Saúde. Formada por organizações nacionais de ciência e tecnologia e outros organismos internacionais, a rede visa promover a padronização e a troca de informação, conhecimento e experiências entre os participantes na atividade de apoio a gestão da área científica e tecnológica em seus respectivos países.

 

Além disso, o CNPq licencia gratuitamente o software e fornece consultoria técnica para a implantação do Currículo Lattes nos países da América Latina. Essa ação já possibilitou a integração de países como Colômbia, Equador, Chile, Peru, Argentina, Portugal e Moçambique à Plataforma.

 

A integração da Plataforma Lattes se dá, também, com bases de dados de outras instituições, tais como a SciELO, a LILACS, a base de patentes do INPI, os bancos de dissertações e teses das universidades, e a bases de periódicos científicos por meio do DOI (Digital Object Identifier), que conferem ao usuário do sistema a possibilidade de acesso, a partir do currículo do pesquisador, a um vasto acervo de informações científicas relacionadas a este pesquisador.

 

Aperfeiçoamentos

 

Lançada em 1999, a Plataforma Lattes vem passando por constantes ajustes para adequar-se às necessidades dos pesquisadores e, principalmente, para garantir a segurança e confiabilidade das informações.

 

Dentre as ações implantadas está a adoção de um sistema de criptografia de dados, que impede que os dados fornecidos possam ser "vistos" por possíveis hackers que estejam monitorando a rede. “Dessa forma, as informações fornecidas pelo usuário trafegam pela rede como uma seqüência de dados "embaralhados". Quando a informação chega às máquinas do CNPq, os dados são "desembaralhados" e no caso dos dados estarem corretos, é permitido  o acesso do usuário ao sistema”, explica Charles Henrique de Araújo, Coordenador de Gestão de Bases de Dados e Redes do CNPq.

 

Outro ponto importante foi a inclusão dos caracteres de validação na Busca de Currículos, que evita que robôs de extração de dados façam acesso ao site e degradem o acesso ao sistema.

O CNPq criou, ainda, a Comissão de Monitoramento e Auditoria da Plataforma Lattes, que  tem como objetivo desenvolver métodos automáticos de detecção de erros e fraudes, tornando as informações do Currículo Lattes mais corretas e transparentes. Estes métodos são capazes de extrair discrepâncias numéricas e de conteúdo, tais como: número muito alto de orientandos, número muito alto de publicações com o autor do currículo como primeiro autor, diferenças entre orientador e orientando, entre outros.

 

A detecção deste tipo de problema gerou soluções de sistema como a retirada do preenchimento automático do nome do autor, como modo de dificultar a colocada do autor do currículo como primeiro autor; a comparação de nomes de Orientadores e orientados; a validação do número DOI, um identificador de objetos de propriedade intelectual que provê meios para a identificação unívoca de objetos da rede digital, seus dados básicos e sua fonte de origem; a validação de artigos com a Tabela CAPES; e a criação de uma etapa extra de envio ao CNPq, com possibilidade de conferência das informações e termo de compromisso por parte do pesquisador.


(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 23/08/2007