Com a presença de alunos, professores e funcionários da UFCG, além de familiares e amigos, foi lançado, na noite da última quinta-feira, 09, no Hall das Placas do Centro de Humanidades da UFCG, o livro Territórios de Confrontos: Campina Grande - 1920-1945, de autoria do professor Fábio Gutemberg Ramos Bezerra de Sousa, que faleceu em fevereiro deste ano, vítima de acidente automobilístico.

O livro faz parte da coleção "Outras Histórias", idealizada por professores da Unidade Acadêmica de História e Geografia (UAHG/CH/UFCG) com o objetivo de mostrar a produção das pesquisas desenvolvidas no âmbito da UAHG, e faz uma análise das tensões e múltiplas formas dos moradores viverem, na cidade de Campina Grande, nas décadas de 1920 a 1940, buscando compreender como jornaleiros, operários, artistas, comerciantes, prostitutas, industriais e agricultores viviam, onde moravam, amavam, se divertiam, trabalhavam e como usavam os espaços e territórios da cidade, num período em que sua área central passava por um processo de reforma urbana.

De acordo com Antônio Clarindo, professor da UAHG e Diretor Administrativo da Editora Universitária/UFCG, a obra representa a realização de um trabalho final do professor Fábio Gutemberg, uma vez que se trata da íntegra dos dois primeiros capítulos da tese de doutorado do autor. "Pela atualidade e pelo enfoque social, este livro será útil a todas aquelas universidades que tem cursos de História, além de fazer parte, também, da bibliografia do curso de Mestrado em História, recém-criado na Universidade Federal de Campina Grande", argumentou.

Ao preço de R$ 20,00, Territórios de Confrontos: Campina Grande - 1920-1945 já está à disposição dos interessados nas principais livrarias de Campina Grande e também na própria UFCG (subsolo do Centro de Humanidades).

O autor

Fábio Gutemberg partiu de forma prematura, aos 43 anos. Era professor da UAHG - Doutor em História, pela UNICAMP - e coordenador do Curso de Mestrado em História da UFCG.

A obra

"É um olhar sobre a cidade, mas entre inspirações e movimentos, buscou-se criar um caminho próprio. A questão central que nos mobiliza é a análise das tensões e múltiplas formas dos moradores viverem na cidade de Campina Grande nas décadas de 1920-1940. Buscamos compreender como jornaleiros, operários, artistas, comerciantes, prostitutas, industriais e agricultores viviam; onde moravam, se divertiam e trabalhavam; como usavam os espaços e territórios da cidade num período em que sua área central passava por um processo de reforma urbana. Mas não nos contentamos apenas em identificar as possíveis diversidades do uso dos territórios; penetramos no mundo dos seus moradores para compreender como a polissemia de suas ações se espacializava ou constituía novas cartografias numa cidade em transformação".

(Franz Mikhailovitch – Assessoria de Imprensa do CH/UFCG)