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Plano Nacional de Assistência Estudantil deve entrar em vigor ainda este ano

Cerca de 30% dos alunos das universidades federais saem de suas cidades para estudar. Desses, aproximadamente 12% são das classes C, D e E, não moram com os pais nem têm condições de manter uma casa, por isso precisariam de moradia estudantil oferecida pela universidade. No entanto, as moradias universitárias conseguem atender apenas 2,4% desses estudantes.

 

Esses são apenas alguns dados sócio-econômicos dos estudantes de universidades federais que motivaram a aprovação, nesta semana, do Plano Nacional de Assistência Estudantil. pelo Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

 

"Com isso, a gente espera contribuir para o combate à evasão a para o auxílio à permanência e conclusão dos estudantes carentes das instituições federais de ensino superior", afirmou o reitor da Universidade Federal de Uberlândia e presidente da Associação, Arquimedes Diógenes Ciloni.

 

Ampliar o alcance da assistência aos estudantes é um objetivo do plano. "Grosso modo, poderíamos dizer que uma universidade federal que tenha 10 mil estudantes precisa ter, no mínimo, assistência estudantil digna do nome para mais mil alunos, está fazendo isso para apenas 250, teria que fazer para 1250 em cada 10 mil alunos", explica o reitor.

 

O plano deve ser implantado ainda este ano, junto com a criação de um fundo de assistência estudantil específico. Neste segundo semestre, o fundo será no valor de 5% do orçamento anual para outras atividades desenvolvidas pelas universidades federais, que não a sua manutenção. Em 2008, o valor deve chegar a 10% desse orçamento.

 

Entre as medidas previstas, estão a construção, ampliação e reforma de moradias estudantis, fornecimento de bolsas para auxílio permanência e contratação de pessoal, como assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e psiquiatras. Arquimedes Ciloni diz que a carência não é o único problema que leva à evasão nas universidades e que deve ser resolvido com o plano.

 

"Muitos alunos deixam as instituições onde estão realizando seus estudos em nível superior por dificuldades no início do curso, ou para a conclusão do curso, por isso, o plano prevê uma abordagem muito mais ampla do que penas o tratamento da carência, a gente pretende dar sustentação aos estudantes", afirma Arquimedes. Essa sustentação inclui, por exemplo, assistência psicológica para estudantes que encontrem dificuldade de adaptação nas instituições de ensino.

 

Na semana passada, o plano foi apresentado à União Nacional dos Estudantes (UNE), durante seu congresso, em Brasília. Na próxima semana, as diretorias da Andifes e da UNE, vão levar o plano para o ministro da Educação, Fernando Haddad.

 

Agência Brasil, 12/07/07


Data: 16/07/2007