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Secretário de C&T e Meio Ambiente da Paraíba expõe dificuldades de implantação de parques tecnológicos

Jurandir Xavier destaca que o país nunca teve uma política de fomento da produtividade e da competitividade

A ausência de um plano nacional de desenvolvimento da competitividade nacional nos seus aspectos industriais e econômicos é uma das grandes dificuldades para promover a implantação dos parques tecnológicos no país.

A avaliação foi feita pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente da Paraíba, Jurandir Xavier, em entrevista ao Gestão C&T online. Ele foi um dos debatedores do seminário “Parques Tecnológicos Brasileiros: Concepção, experiências e políticas públicas”, realizado nesta quinta-feira (5) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados.

“Nós nunca tivemos uma política de fomento da produtividade, da competitividade que prevalecesse, que desse um poderio de competitividade maior para as nossas empresas”, afirma Xavier.

Ele também aponta que, por outro lado, o país não contou com empresas que “tomassem o mercado nacional e internacional como seus e procurassem, portanto, constituir supremacias”.

Um outro problema, destacado pelo secretário, diz respeito à falta de interação entre os institutos de pesquisa e universidades e as empresas. “E não tivemos tampouco o Estado assumindo um papel de intermediação”, afirma.

Na avaliação de Jurandir Xavier, não existem soluções a curto prazo. Segundo ele, todo o desenvolvimento significativo nessa área vai depender da circunstância em que o Brasil tenha um projeto nacional que possa reorientar ou, até mesmo, orientar os agentes econômicos numa perspectiva de médio e longo prazo.

“Enquanto não tiver esse projeto que reoriente as atividades e faça com que entre elas sejam destacadas aquelas nas quais nós temos supremacia, não teremos o fomento de instrumentos que elevem e ampliem essa competitividade”, acredita.

Durante o seminário, Xavier apresentou a experiência da Paraíba com parques tecnológicos. Na ocasião, ele também falou sobre a necessidade de um projeto nacional que seja “emcampado pelo Estado e pelas empresas”.

O assunto também foi debatido pelo secretário de Ciência e Tecnologia do DF, Izalci Lucas e pela representante da Rede Mineira de Inovação, Fernanda Giácomo.

Outras informações sobre as ações da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados podem ser obtidas em www2.camara.gov.br/internet/comissoes/permanentes/cctci.


(Gestão C&T, nº 621)


Data: 06/07/2007