topo_cabecalho
Futuro do etanol marcou debate no Recife

Qual vai ser o papel do etanol e dos biocombustíveis no futuro da economia do Nordeste e do Brasil? Debates sobre o tema, que deve marcar a pauta de discussões dos setores público e privado nos próximos anos, foram realizados nesta terça-feira, em Recife, durante o Fórum Nordeste 2007.

O ministro da C&T, Sergio Rezende, abriu o evento, abordando o tema "Desafios e Oportunidades nos Setores de Biocombustíveis e Energias Limpas".

O encontro reuniu empresários dos setores energético e sucroalcooleiro, membros da comunidade acadêmica, representantes do setor público e especialistas na área.

No foco dos debates, a importância do biocombustível como fator de estímulo ao desenvolvimento econômico do Nordeste e a busca de competitividade no mercado mundial.

"O Brasil precisa tomar uma série de medidas para substituir 5% a 10% da gasolina mundial em 2025 por etanol", destacou Sergio Rezende, que abordou o tema "Uma Agenda de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Apoio à Estratégia Brasileira para o Bioetanol".

Entre essas medidas, disse o ministro, estão a expansão do cultivo de cana-de-açúcar para áreas não-tradicionais, a revitalização de áreas tradicionais de produção, a otimização da cadeia produtiva de etanol, a melhoria da logística e da rede de escoamento da produção para os principais portos de exportação e centros de consumo interno e investimentos em P&D em temas prioritários na produção primária.

Sergio Rezende ressaltou que o Ministério da C&T (MCT) tem adotado uma série de iniciativas em apoio à cadeia produtiva do etanol.

A projeção, disse ele, é de um total de investimentos de R$ 182,97 milhões, entre 2003 e 2008, nas áreas de P,D&I e agroenergia.

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que falou no encontro sobre a Agroenergia: Novo Paradigma Agrícola Mundial, apontou que é fato que há no mundo uma demanda crescente, sobretudo, por combustíveis líquidos.

"O dilema agrícola no mundo no século 20 foi segurança alimentar. No século 21, o tema é segurança energética", afirmou.

Na opinião de Rodrigues, o que o país precisa é criar um mercado mundial para o etanol. "Ninguém segura o Brasil nesse projeto, a não ser ele mesmo".

Também participaram do Fórum Nordeste 2007 o vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto, o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no estado de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, o presidente da Koblitz, Luiz Otávio Koblitz, o vice-presidente da Dedini, José Luiz Olivério, o presidente da NC Energia, Paulo César Fernandes da Cunha, e o presidente da Chesf, Dilton da Conti.

O encerramento do evento está previsto para o início da noite de hoje, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho.

Realizado pelo Grupo EQM e promovido pela Greenfield Business Promotion, o Fórum Nordeste 2007 tem o apoio do MCT, Banco do Nordeste, Governo de Pernambuco, Chesf, Koblitz e Sindaçúcar.


(Fabiana Galvão, Assessoria de Imprensa do MCT)


Data: 04/07/2007