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Museu do Semi-Árido será inaugurado amanhã na UFCG

São 200m² de área construída expondo a riqueza natural e cultural da região

Um espaço para quem conhece ou conheceu matar saudades; e para quem quer conhecer ficar com mais vontade. Assim pode ser definido o Museu Interativo do Semi-Árido (Misa) que será inaugurado nesta terça-feira, 15, às 11 horas, no campus Campina Grande da UFCG.

Idealizado pelo Programa de Estudos e Ações para o Semi-Árido (Peasa) a partir da exposição itinerante Viver e Compreender o Semi-Árido, o museu é uma parceria da UFCG com a Fundação Parque Tecnológico, Prefeitura Municipal de Campina Grande, Centro de Desenvolvimento, Difusão e Apoio Comunitário (Cedac), Sistema FIEP, Sebrae, Unicampo e Rede Paraíba Design.

Com estrutura física de 200m² e investimentos na ordem de R$ 115 mil, o Misa abrigará um salão de exposição permanente com painéis explicativos, peças em barro, madeira, roupas de couro, cancioneiro popular, utensílios domésticos e de trabalho do homem do Semi-Árido, além de uma sala de projeção multimídia, secretaria e um cactário.

Durante a solenidade de inauguração do museu será assinado um convênio entre a Universidade Federal de Campina Grande, Fundação Parque Tecnológico e a Prefeitura Municipal de Campina Grande, no valor de R$ 80 mil, para a construção de um anexo onde funcionará o Peasa, gestor administrativo do Misa.

Como tudo começou

Com o sucesso da exposição itinerante "Viver e Compreender o Semi-Árido", o Peasa lançou o desafio para a construção de um salão próprio, uma exposição permanente, transformando-se num museu interativo. Da idéia defendida pelo Peasa e seus parceiros, foi elaborado um projeto que foi aprovado pela Chesf, recebendo financiamento de R$ 85 mil.

A exposição tem como autores e curadores Elisabete Araújo e Daniel Duarte, que partiram da idéia de mostrar “um Semi-árido bonito para quem o conheceu e conhece, e para quem irá conhecê-lo; desprovido da miséria, da seca e sujeição amplamente associados à região”.

Também patrocinam o Misa, além da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), governo federal e Vitae Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social.

Peasa

De acordo com o seu coordenador geral, o pesquisador Vicente Araújo, o Peasa foi criado em meados de 1994, e desde então instalou-se como mecanismo destinado a articular e promover - dentro da UFCG e das instituições de pesquisa e desenvolvimento da Paraíba - a realização de estudos e intervenções nas atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas à temática do semi-árido; implantando uma metodologia de trabalho com ênfase numa visão multidisciplinar.

Aproveitando as potencialidades de todas as instituições locais e regionais com atuação no Semi-árido, o Peasa tem buscado, sempre em parceria, alternativas para o equacionamento dos graves problemas da região e contribuído para o seu desenvolvimento, através dos meios e competência inerentes à universidade e demais instituições congêneres: a produção e a difusão de conhecimentos apropriados que dinamizem e transformem efetivamente o Semi-árido.
 
Semi-árido

Abrangendo uma área de 912 mil quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 22 milhões de pessoas, que representam 46% da população nordestina e 13% da população brasileira, o Semi-árido brasileiro é um dos ecossistemas mais habitados no meio rural brasileiro e foi povoado já no início da colonização do país, principalmente ao longo do rio São Francisco, que era a única ligação com o centro e o sul do país.


Data: 14/05/2007