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Finep e Capes apoiarão estudantes de engenharia para estágio ou estudo na Europa

O presidente da Finep, Odilon Marcuzzo do Canto (foto), afirmou que a instituição, junto com a Capes/MEC, está criando uma linha de editais que apoiará estudantes de engenharia interessados em estudar ou estagiar em países da Europa

Segundo Marcuzzo, “não é possível, hoje, formar um engenheiro competente sem que ele tenha uma imersão nesse mundo globalizado”.

A intenção é levar estudantes para a Espanha, Portugal, Alemanha e França e, também, que haja um intercâmbio com os alunos desses países. “Já estamos trabalhando com um grupo de universidades chamado Grupo de Tordesilhas”, explica o presidente.

A proposta, segundo ele, é construir essas conexões internacionais para que se possa ter uma plataforma para internacionalização dos estudantes.

A afirmação foi feita durante o oitavo painel do 2º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, que está sendo realizado em SP.

O
painel abordou o tema Inova Engenharia, programa lançado em maio do ano passado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), representada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Outras 15 instituições participam do programa, entre elas, a Abipti.

A proposta do painel foi justamente a de avaliar e discutir questões da engenharia no país.

Em sua apresentação, Luiz Carlos Scavarda, professor titular do Depto. de Física da PUC-RJ, iniciou sua apresentação dizendo que a América Latina, ao contrário da Ásia, não considera a tecnologia e a engenharia como setores essenciais para a o desenvolvimento sustentado. Segundo ele, esse é o motivo do baixo investimento da região, principalmente no campo da educação.

De acordo com Scavarda, para inverter a situação e valorizar a engenharia brasileira, é necessário realizar a “difusão de programas de reforma educacional por todas as escolas de engenharia e definir o papel da engenharia do século 21, explicitando as metodologias e as ferramentas de ensino”.

Já o representante do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Paulo Bubach, avalia ser importante uma articulação do sistema de engenharia com a sociedade.

A intenção é que, desta forma, haja uma contribuição na formulação e na implementação das políticas públicas relacionadas ao exercício das profissões.

Em palestra sobre o setor automotivo, o consultor da Ford, Luc de Ferran, aponta que o principal foco da área é reduzir, pela metade, o tempo de formação de um “expert” no assunto.

De acordo com os dados apontados por ele, um profissional leva cerca de oito anos para adquirir a experiência necessária para se tornar capaz de dominar a área. Para isso, Ferran aponta que é fundamental que estes engenheiros tenham conhecimento acadêmico, profissional e de negócios.


Data: 26/04/2007