Atividades serão encerradas hoje

Com o auditório do Centro de Extensão praticamente lotado, teve início na manhã de ontem, terça-feira, 10, no campus Campina Grande, o Seminário UFCG 5 anos: O que fomos, o que somos, o que queremos ser, cuja realização marca as comemorações dos cinco anos de criação da Universidade Federal de Campina Grande.

Durante todo o dia de ontem, e até o final da tarde desta quarta, 11, acontecerão palestras, debates e painéis abordando os avanços e os desafios enfrentados pela instituição neste período. Hoje pela manhã, o vice-reitor da UFCG, José Edílson de Amorim, irá proferir a palestra 5 anos de gestão: a análise que fazemos. Em seguida, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, explicará o Projeto Universidade Nova.

Após apresentação do Coral Coro Em Canto, regido pelo maestro Lemuel Guerra, a programação foi aberta pelo reitor Thompson Mariz, que saudou a diretora do Departamento de Desenvolvimento do Ensino Superior, Maria Ieda Costa Diniz, representando o secretário de Ensino Superior do MEC, Manuel Palácios; o secretário Mário Araújo, do Escritório de Representação do Governo do Estado; o vereador Paulo de Tarso, representante da Câmara Municipal, bem como as autoridades acadêmicas e demais presentes.

Dificuldades e avanços

Em sua fala, o reitor enumerou as enormes dificuldades enfrentadas durante o processo de consolidação da UFCG, com destaque para a escassez de recursos humanos e financeiros, “enfrentadas com seriedade e competência pela nossa Administração Central”. Com relação à expansão da instituição, Thompson afirmou ser essa uma das vocações da UFCG, que “encontra respaldo nos princípios da responsabilidade pública e do compromisso social”.

Para o reitor, expandir é uma necessidade. “Logo após a criação da UFCG, realizamos um estudo em várias microrregiões do estado, que detectou graves carências educacionais. Para se ter uma idéia, enquanto a média de estudantes universitários na população paraibana fica entre 4% e 5%, há regiões onde esse número não passa de 0,8%! Não podemos construir ilhas de prosperidade na Paraíba, cercadas de cinturões de miséria”, exclamou.

Ele enfatizou que, nessa luta, tem contado com o apoio fundamental de todas as correntes políticas do Estado, “o que tem permitido alcançarmos nossos objetivos”. Estão previstas para a segunda fase do Plano de Expansão da UFCG, a instalação dos campi de Itaporanga, Itabaiana e Sumé/Monteiro.

O reitor fez questão de lembrar que o processo de expansão não afeta o funcionamento do restante da instituição, já que os recursos destinados à expansão e à manutenção da estrutura já existente são recursos distintos. “O que ocorre é justamente o contrário: a UFCG vem recebendo recursos adicionais devido ao aumento do número de alunos e professores”, disse.

Desafios do MEC

A diretora do Departamento de Desenvolvimento do Ensino Superior, Maria Ieda Diniz, detalhou o programa de expansão e de reestruturação das universidades federais, executado pelo MEC. Ela se disse “entusiasmada, com os projetos desenvolvidos pela UFCG, pela atenção voltada para as regiões mais carentes do estado, o que vem de encontro aos planos do Governo Federal, que defende a descentralização e interiorização do ensino superior”.

Ieda Diniz ressaltou que o grande problema encontrado pelo MEC, em relação à expansão, é a definição dos cursos a serem implantados. “É preciso levar em consideração as vocações locais, e os projetos da UFCG são muito bem definidos nesta questão”.

Ela explicou ainda que são grandes os desafios do Plano de Desenvolvimento da Educação, anunciado recentemente pelo ministro Fernando Haddad. “As metas são: elevar a taxa de conclusão dos cursos superiores, de 60% para 90%, ampliar a relação professor/aluno, de 1x9 para 1x18, e praticamente dobrar o ingresso de alunos no ensino superior, dos atuais 120 mil para 230 mil estudantes, ao longo de dez anos”. “Isso só será possível com a redução da evasão, através da mobilidade estudantil; da diversificação das modalidades acadêmicas e da ampliação das políticas de inclusão”, finalizou.

Painel

Ao longo da tarde de ontem, aconteceu a apresentação do painel A gestão que fazemos, sob coordenação de Vânia Sueli Guimarães, da Comissão de Avaliação Institucional, quando foram expostos, por integrantes da Administração Superior, resumos de suas atividades à frente de seus respectivos órgãos.