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Pesquisa científica depende da universidade pública

Ações para fortalecer o papel da universidade pública na pesquisa em ciência, tecnologia e desenvolvimento regional foram debatidas na manhã desta quarta-feira, 28, por reitores de todo o Brasil, para que o país possa subir no ranking mundial na área de pesquisa. A posição atual é o 17º lugar.

 

De acordo com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, o quadro é otimista. Segundo ele, nos últimos anos, o Brasil cresceu mais de quatro vezes na área. “A ciência brasileira é feita com predominância na pós-graduação, sobretudo no doutorado, que é oferecido pelas universidades públicas. E para que a pós-graduação cresça, são necessários programas como o da expansão universitária, além da autonomia das instituições”, disse.

 

Guimarães citou o que a Capes pretende fazer para criar condições mais favoráveis ao desenvolvimento da pesquisa nas universidades, como a atualização do Plano Nacional de Pós-graduação 2007-2011 e a execução do Plano Nacional de Pós-Doutorado, incluído no Plano de Desenvolvimento da Educação. “O Brasil faz ciência com doutores, mas os países desenvolvidos a fazem com pós-doutores”, explicou.

 

Ele ainda falou sobre o já instituído projeto Novas Fronteiras, que leva instituições de ensino superior ao semi-árido, Amazônia, Brasil Central e Pantanal, sobre a continuidade dos mestrados e doutorados institucionais e a questão da regionalidade. “As universidades de diferentes regiões do país não podem ser iguais”, ressaltou.

 

CNPq

 

As universidades federais compõem 50% dos grupos de pesquisa no diretório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como apontou José Roberto Felício, diretor do CNPq. A partir de 2003, o conselho passou a trabalhar com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), para apoiar o desenvolvimento científico regional. Foram investidos  R$ 150 milhões em pesquisas.

 

Inovação

 

Criatividade é imprescindível para fazer pesquisas e interagir com a indústria e empresas privadas. Baseado nessa premissa, Carlos Aragão, diretor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), afirmou ser necessária a criação de ambientes de inovação, que sejam regionais e disponham de recursos humanos qualificados, recursos financeiros adequados e recursos legais, para driblar a burocracia, além de ter infra-estrutura logística. “Esse seria um núcleo com pessoas qualificadas para fazer pesquisa de ponta. Para isso, as universidades federais e os novos campi criados terão papel fundamental”, salientou.


Data: 28/03/2007