Presidente Lula estabelece educação como prioridade Ministérios serão obrigados a cumprir metas e, entre as principais, está melhoria do ensino Resolver o caos aéreo, evitar o apagão de energia, consertar estradas, recuperar a renda do trabalhador, desfazer entraves para o desenvolvimento. Para alguns ministérios, o começo do ano traz cobranças especiais do presidente Lula. Tudo porque, sem essa ação conjunta, a meta estabelecida pelo presidente de crescer 5% este ano ficará mais difícil do que já é. Fora da área econômica, Lula apontou a educação como o foco principal de seu segundo mandato. No setor, os desafios são inúmeros: reduzir a repetência no ensino fundamental, aumentar vagas no ensino infantil, diminuir o analfabetismo e aumentar o número de jovens no ensino superior. Em todos estes itens, o país apresenta péssimos indicadores. O Brasil tem uma das maiores taxas de repetência do ensino fundamental: 20,6%. Somente Nepal, a colônia de Anguila e 12 países da África estão em pior situação. Quando se analisam índices de analfabetismo, os números envergonham: 11,4% dos adultos não sabem ler e só 10,9% da população de 18 a 24 anos freqüenta cursos universitários - taxa que é um terço da meta fixada no Plano Nacional de Educação, de 30%. Para o Ministério da Justiça, o combate à criminalidade é o desafio número 1. O entrave é a desarticulação entre os governos federal e estaduais. Especialista em segurança pública, o sociólogo Gláucio Ary Dillon Soares, professor do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj), sugere que o desafio seja dividido entre União e Estados com uma medida de impacto: condicionar parcialmente o repasse do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNPS) aos governos estaduais ao aumento da resolução de crimes e redução da impunidade. Data: 02/01/2007 |