Artista apoiado pela UFCG tem reconhecimento através do Registro Mestre das Artes João Benedito Marques, popularmente conhecido como Benedito do Rojão, teve seu trabalho reconhecido recentemente através do beneficio “Registro Mestre das Artes”, criado pela Lei Estadual Canhoto da Paraíba, que beneficia artistas de reconhecido valor cujo trabalho tenha contribuído ao longo dos anos para a formação do patrimônio cultural paraibano. A Lei Canhoto da Paraíba garante ao artista contemplado a quantia de dois salários mínimos mensais, até o fim de sua vida. Para ser agraciado com o Registro Mestre das Artes, o requerente tem que ser artista com atuação comprovada de no mínimo 20 anos, paraibano ou brasileiro residente na Paraíba há mais de 20 anos e estar capacitado a transmitir seus conhecimentos ou técnicas a potenciais alunos. O merecimento de Benedito do Rojão veio através de seu trabalho incansável de divulgação da cultura popular nordestina presente em suas músicas e composições. Compositor, violeiro cantador, ritmista e músico regional, Benedito tem 68 anos e é natural do Sítio Juá em Catolé de Boa Vista, distrito de Campina Grande. Ele foi contemporâneo de Jackson do Pandeiro, com quem chegou a compor duas músicas Afastado da carreira artística pela dura luta pela sobrevivência, Benedito do Rojão continuou a fazer pequenas apresentações e nunca deixou de compor – comprovam as suas inúmeras canções, entre cocos de roda, rojões, xotes, baiões e outros gêneros regionais – mas permaneceu à margem do mercado fonográfico e da mídia por cerca de 35 anos. Lançado em junho de 2003 e reproduzido artesanalmente em pequenas tiragens, o primeiro disco foi divulgado em shows do artista Com o intuito de fomentar a produção cultural popular paraibana, o GPDSA, liderado pelo professor Dr. Márcio Caniello, desenvolve iniciativas voltadas a pesquisar essa produção e mobilizar parceiros que se disponham a patrocinar projetos artístico-culturais, visando a geração de renda e a promoção da nossa genuína cultura regional. Segundo Márcio Caniello, produtor executivo dos dois discos gravados por Benedito do Rojão, “o apoio dado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) demonstra o papel social que a instituição desenvolve para a região, aproximando a academia da cultura popular e das tradições nordestinas”. Benedito do Rojão é a pura expressão de um tempo esquecido pelas novas gerações, reavivado através de suas canções que são uma contribuição para a preservação e continuidade da memória cultural de nossa região. Data: 28/12/2006 |