topo_cabecalho
Universidades terão 250 vagas para professores do campo

UFCG faz parte do projeto-piloto do MEC

 

Os professores da educação básica no campo poderão, a partir do próximo semestre, voltar a estudar e conseguir se formar em graduação em universidades públicas. Cinco universidades federais − Sergipe, Campina Grande, Brasília, Bahia e Minas Gerais − selecionadas pelo MEC oferecerão, até junho próximo, 50 vagas para a modalidade licenciatura no campo. Cada universidade recebeu R$ 200 mil para executar o projeto.

 

De acordo com o censo escolar de 2005, existem 7.680.068 matrículas de alunos do ensino básico na área rural. São 376.903 funções docentes nesse ensino. Grande parte desses professores não possui formação adequada e não teve acesso ao ensino superior. Agora, poderão fazer vestibular especial para licenciatura. Cada universidade abrirá concurso público no primeiro semestre de 2007 para selecionar os candidatos.

 

O projeto-piloto envolve cinco universidades, mas deve ser ampliado no próximo ano. Há outras universidades federais interessadas em participar, e o MEC deve abrir edital, no segundo semestre de 2007, para fazer a seleção de novas instituições. Os professores selecionados farão curso de quatro anos, dentro da metodologia da pedagogia alternativa. Ou seja, cada universidade terá autonomia para formatar o curso, sem a necessidade de o professor sair da sala de aula. O professor terá formação multidisciplinar nas áreas de linguagens; artes e literatura; ciências humanas e sociais; ciências da natureza e matemática; e ciências agrárias. Para fazer o vestibular, o candidato deve ter ensino médio e estar lecionando em escolas da área rural.

 

O Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciatura em Educação do Campo é uma iniciativa do MEC, por intermédio das secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e de Ensino Superior (SESu). Contudo, tem representantes dos movimentos sociais em um grupo de trabalho formado por dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Via Campesina, do Movimento dos Atingidos por Barragens, do Movimento de Mulheres, do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e das universidades públicas.


Data: 19/12/2006