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Pesquisadores participam da 25ª Operação Antártica

A equipe de 14 pesquisadores participantes do primeiro período de verão da 25ª Operação Antártica acaba de completar um mês na Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, onde permanecerá até o início de fevereiro.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) integra a missão, ao lado da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

As pesquisas do Inpe concentram-se na área de Ciências da Atmosfera e estão divididas em três projetos: Geoespaço - Novos Diagnósticos de Anomalias no Meio Geoespacial e seus Efeitos na Atmosfera Terrestre na Região Polar e no Continente Sul Americano, coordenado por Emília Correia; Ozônio e Radiação UV - Estudos da radiação ultravioleta solar, UV-A e UV-B, na Estação Antártica Brasileira Comte. Ferraz e na região de Punta Arenas, Chile, coordenado por Neusa Paes Leme; Meteorologia - Monitoramento Meteorológico na Antártica, coordenado por Alberto Setzer.

Veja abaixo os detalhes de cada projeto

Geoespaço

Tem como objetivo estudar as perturbações da alta atmosfera da Terra através de vários experimentos e identificar os fenômenos solares que as produziram (se explosões, ejeções de massa coronal (EMC) e/ou vento solar de alta velocidade). Deste modo é possível estabelecer a conexão entre as alterações do meio interplanetário e o clima terrestre.

Ozônio e Radiação UV

Dedicado às observações da radiação ultravioleta solar, na região da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz e na região de Punta Arenas, Chile. Tem como objetivo estudar as variações da radiação ultravioleta (RUV), nas faixas do UV-A e UV-B, com medidas de superfície analisando a variação ao longo do ano e durante o fenômeno chamado "Buraco de Ozônio Antártico" em duas diferentes latitudes, abrangendo a Ilha Rei George ( 57 o W ; 62 o S ), a cidade de Punta Arenas (71o W ; 53 o S), no Chile. Espera-se com este estudo acompanhar as variações da radiação UV com as mudanças na concentração da camada de ozônio para obter mais informações das flutuações destas radiações com a finalidade de subsídios aos estudos do impacto produzido no ecossistema da região analisada. Principais atividades no período: Dar continuidade nas medidas da camada de Ozônio e da radiação UV. O Buraco de Ozônio este ano foi muito intenso e alcançou dimensão recorde de 29 milhões de km2 em setembro. Sobre a região de Ferraz, a destruição da Camada de Ozônio foi de 60% no período, com um índice de radiação máximo de 8. No mês de novembro o Buraco de Ozônio ainda encontrava-se ativo sobre a região. O maior índice de radiação UV medida no dia 28 de novembro foi 8.8, que é considerada alta para a região antártica.

Meteorologia

Assegura a continuidade dos registros meteorológicos do Programa Antártico Brasileiro, Proantar, na Antártica, mantendo o desenvolvimento de pesquisas de sistemas meteorológicos regionais e de suas interações com o Brasil, bem como dá prosseguimento ao apoio de quase 20 anos a inúmeros projetos de pesquisa de várias áreas do conhecimento que lá se realizam, e ao próprio Proantar. Desde 1984 o Proantar tem mantido o projeto de meteorologia Antártica com atividades na Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz - EACF, e na região norte da Península Antártica, com apoio do CNPq e da Secirm. Nesta iniciativa destacam-se a coleta regular na EACF de dados meteorológicos, de imagens de satélites, de cartas de análise de tempo, e o apoio a equipes em trabalho de campo sob condições ambientais que ocasionalmente oferecem alto risco de periculosidade; em locais remotos; três estações automáticas transmitem dados por satélites, integradas à rede da OMM. Os dados diários coletados em Ferraz estão disponibilizados no site: http://www.cptec.inpe.br/antartica


Data: 18/12/2006