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Embraer planeja contratar ao menos 3.000

Companhia investirá, em cinco anos, valor equivalente aos US$ 2,6 bilhões que aplicou nos últimos dez

A Embraer pretende contratar pelo menos 3.000 funcionários em 2007 para enfrentar o aumento de produção da linha 170/190, que tem aviões de até 120 lugares. Isso significará expansão de 16% no total de empregados, para 22 mil.

A elevação da força de trabalho será acompanhada de mais investimentos. A previsão é de US$ 1 bilhão em 2007 e 2008. "Em dois anos vamos investir o que investimos nos últimos cinco anos", afirmou Frederico Curado, que vai substituir Maurício Botelho na presidência da Embraer em abril. Os dois executivos participaram de almoço com jornalistas oferecido pela empresa.

A companhia investiu US$ 2,6 bilhões no período de dez anos, entre 1996 e 2006. Agora, essa cifra será alcançada em cinco anos, disse Botelho.

Segundo Curado, a Embraer deverá entregar no próximo ano entre 160 e 165 aeronaves -pelo menos 25 a mais que as 135 de 2006. Parte da elevação decorre do atraso na entrega de dez aviões neste ano.

Botelho avaliou que a pulverização de capital feita em março foi o fato mais relevante para a Embraer desde sua privatização, em 94. A mudança permitiu que a empresa tenha crescimento contínuo e independente de um grupo de controle, disse. "Tudo depende de nossa capacidade de apresentar boas propostas ao mercado."

Curado falou em seguida e se encarregou de elogiar a gestão de Botelho, que assumiu a direção da Embraer em setembro de 1995. "O valor da empresa aumentou 177 vezes nesses 12 anos", destacou o executivo, que ingressou na empresa em 1984, logo depois de se formar.

O futuro presidente não subestimou as dificuldades que enfrentará, principalmente em razão do porte atual da empresa. "Conviver com o sucesso não pode ofuscar a percepção de que ele pode desaparecer."

A companhia brasileira ultrapassou sua principal rival, a canadense Bombardier, e é hoje a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, atrás da Boeing e da Airbus.

Na avaliação de Curado, a maior concorrência da Embraer não virá do Canadá, mas da China e da Rússia. Sua previsão é que até 2010 os chineses estejam vendendo aeronaves de cem lugares.


Data: 15/12/2006