Crédito e subvenção para empresas inovadoras. Apoio governamental para contratação de pesquisadores. Estes são os destaques da agenda que reúne nesta sexta-feira na Finep uma missão chinesa e técnicos da agência.

Formada por pesquisadores e empresários chineses, os visitantes querem conhecer o jeito brasileiro de apoiar a inovação tecnológica. Incorporada à lista dos dez primeiros países em patentes internacionais, a China tem seu desenvolvimento tecnológico ainda fortemente baseado na cópia e na adaptação de idéias e produtos importados.

Na tentativa de mudança desse padrão, a delegação irá conhecer na Finep os detalhes dos incentivos para prática da inovação nas empresas e quem sabe se inspirar para criar um modelo chinês.

De acordo com Vera Liu, diretora da Associação de Intercâmbio Econômico e Cultural Brasil/China a delegação chinesa que tem 12 participantes está relacionada à Feira de Cantão, o maior evento internacional da Ásia, que ao lado de Xangai e Pequim, impulsionou o crescimento chinês nos últimos anos.

Em setembro, durante o último Fórum Econômico Mundial, em Pequim, o ministro da Ciência e Tecnologia chinês, Xu Guanhua, reafirmou a necessidade do país reforçar a proteção à propriedade intelectual, sob falha de qualquer movimento na busca da inovação ser em vão.

Foi lembrado que boa parte do lucro das fábricas chinesas é remetido para fora do país para o pagamento de royalties. Como exemplo ele citou que mais de 80% dos chips digitais manufaturados no país são de propriedade intelectual estrangeira.

Em sua estratégia de potencializar a atividade econômica o governo chinês colocou o incentivo à inovação e a tecnologia como uma das prioridades do seu 11º plano qüinqüenal, que passou a vigorar no 2º semestre de 2006.