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Diversidade de projetos marca III Congresso de Iniciação Científica da UFCG

Evento termina hoje no campus Campina Grande

Termina nesta quarta, 18, o III Congresso de Iniciação Científica da UFCG. O evento, realizado no campus Campina Grande, tem se caracterizado pela diversidade dos projetos e pela qualidade das apresentações. No hall da Biblioteca Central (foto), onde estão sendo expostos os painéis, pode-se observar a grande variedade de temas pesquisados, a exemplo do projeto Formas de Composição da Prova de Vestibular em Escolas Públicas e Particulares de Campina Grande, da bolsista Marcela Pontinelle, do 9º período do curso de Letras, do Centro de Humanidades (CH), campus Campina Grande, orientada pelo professor Edmilson Rafael. O trabalho vem sendo realizado em etapas, ano a ano, e busca identificar a influência do formato das provas do Vestibular da UFCG nas instituições de ensino na cidade. Segundo Marcela, este ano foram pesquisadas 12 escolas, sendo 6 públicas e 6 particulares, “e em toda elas pudemos observar o direcionamento da metodologia de ensino, com aulões, simuladões, etc, com o objetivo de aproximar os alunos da metodologia de avaliação utilizada pela universidade”. Ela disse que, em algumas escolas, são elaboradas provas visando especificamente o vestibular da UFCG.

O tema do trabalho da aluna Paloma Porto, do 7º período do curso de História, também do CH, é Entre Hades e Zeus: Catalogação e Preservação do Acervo do SEDHIR da UFCG. Ela faz parte do Setor de Documentação e História Regional da UFCG (SEDHIR) e explica o antetítulo Entre Hades e Zeus como uma analogia às dificuldades materiais encontradas na realização de seu trabalho e no prazer que sente em poder contribuir para a preservação da memória regional. Ela disse que muitos documentos que ajudam a contar a nossa história estão sendo preservados no SEDHIR e podem ser consultados a qualquer momento por pesquisadores ou historiadores. “Temos muitos documentos do século XIX, como, por exemplo, um processo de libertação de um escravo”.

O professor de Filosofia Dionízio Neto, do Centro de Formação de Professores, campus Cajazeiras, orientou a aluna Sheila Cristina no projeto Poder Educativo da Mídia como Expressão da Massificação da Cultura no Sertão da Paraíba, Veiculada pelo Rádio e pela Televisão. Segundo o professor, foram realizadas pesquisas durante 3 semanas, nas rádios de Sousa, Pombal e Cajazeiras, bem como na TV, através da novela Belíssima, da Rede Globo, e entrevistas com apresentadores de rádio, ouvintes e telespectadores. Ele diz que “o resultado confirma o que os teóricos da Comunicação, da chamada Escola de Frankfurt, defendem, ou seja, que a mídia tem um poder efetivo na criação de costumes, linguagens, gostos musicais, etc”. Segundo Sheila, “a força da mídia impõe os padrões de consumo da sociedade e, caso você não siga as tendências ditadas por ela, fica excluído”.

Todos os entrevistados foram unânimes quanto à importância da pesquisa científica e da realização do congresso para seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Tive a oportunidade de realizar pesquisas de campo e vivenciar a teoria na prática. É muito gratificante”, disse Marcela. Paloma Porto considera o congresso como “uma ótima oportunidade para conhecer os projetos e pessoas de outros cursos. O que mais gosto é dessa interatividade”, concluiu.

O III Congresso de Iniciação Científica da UFCG tem por finalidade expor os melhores projetos de iniciação científica financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a UFCG. Estão sendo apresentados 56 trabalhos, na forma oral ou expostos em painéis. As apresentações orais estão acontecendo no Bloco CB (Reenge), enquanto que os painéis estão expostos no hall da Biblioteca Central. A programação coincide com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O congresso é realizado pela Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFCG.


Data: 18/10/2006