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Bioética: Casais podem escolher sexo de bebê em clínicas dos EUA

No Brasil, não há lei que impeça a prática, mas o Conselho Federal de Medicina condena a sexagem

Mais de 40% das clínicas de reprodução assistida dos EUA oferecem a seus clientes a possibilidade de escolher o sexo de embriões a ser implantados em procedimentos de fertilização in vitro. A porcentagem, levantada em uma pesquisa do Centro de Genética e Política Pública, de Washington, foi revelada anteontem pela revista "New Scientist".

Na maior parte dos casos, a opção de sexagem é dada aos casais após a condução de testes de DNA em embriões para diagnosticar possíveis doenças genéticas, diz a ONG que fez a pesquisa.

Apesar de a escolha de sexo ser recriminada pela maioria dos comitês de bioética, ela não está fora da lei nem é regulamentada por diretrizes da classe médica americana.

No Brasil, não há lei que impeça a prática, mas o Conselho Federal de Medicina condena a sexagem.

A prática não é condenável quando existe risco de uma doença genética ligada a cromossomos sexuais, como a hemofilia.

Nos EUA, porém, 9% dos testes genéticos parte da vontade dos casais em determinar o sexo dos filhos.


Data: 02/10/2006