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Revista premia ciência traduzida em imagem

Concurso da 'Science', na 4.ª edição, divulga as 14 melhores ilustrações

Uma imagem fala mais do que mil palavras. O ditado é batido, mas a verdade contida nele vale a repetição. A revista americana Science acredita tanto na frase que premia as melhores iniciativas que traduzem a ciência de forma gráfica.

É o quarto ano de concurso e praticamente todos os 14 vencedores usaram a ciência para aprimorar o trabalho.

O primeiro lugar na categoria ilustração, por exemplo, faz o impossível com a ajuda da computação gráfica: mostra como seriam cinco superfícies resultantes de funções matemáticas, mas impossíveis no mundo real, com o cuidado de representá-las como peças de vidro que refletem o que está ao redor.

O trabalho foi desenvolvido pelo matemático Richard Palais, da Universidade da Califórnia em Irvine, e o artista gráfico Luc Benard.

O resultado é cativante para os olhos sem perder sua função. Esta é uma preocupação corrente da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que edita a revista e fomenta projetos e idéias para aprimorar a divulgação científica.

Para a jurada Felice Frankel, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, 'a comunidade científica precisa discutir a imensa contribuição que boas traduções visuais podem trazer à comunicação e à promoção do pensamento existente atrás da ciência', cita a revista Science.

Na categoria desafio de visualização, ganhou uma equipe da Universidade Stanford e da empresa Silicon Valley com uma imagem da tomografia computadorizada de uma múmia egípcia de criança.

Em gráfico informativo, um esquema da maior montanha da Terra, o vulcão Mauna Kea, do Centro Aeroespacial Alemão, foi premiado.

Em multimídia não interativa o prêmio foi dividido entre a representação do plano de vôo americano, feita na Universidade da Califórnia, e uma animação de como funciona o corpo em cada nível, das moléculas aos órgãos, parceria da Universidade de Melbourne com o artista François Tétaz.

E na categoria multimídia interativa, venceu o Instituto Internacional Craniofacial, com uma ferramenta para analisar as chances de separação de gêmeas siamesas unidas pela cabeça. Todos os vencedores podem ser vistos na internet em http://www.sciencemag.org/sciext/vis2006


Data: 22/09/2006