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Educação tutorial tem primeira avaliação

Uma equipe de especialistas vai avaliar o desempenho de 298 grupos do Programa de Educação Tutorial (PET), desta segunda-feira, 25, até a próxima sexta, 29. O programa oferece bolsas de estudo a alunos de graduação para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. O trabalho acadêmico de cada grupo é coordenado por um doutor ou mestre, que também recebe bolsa mensal. A avaliação será realizada por 16 especialistas, que representam todas as áreas do conhecimento atendidas pelas 66 instituições de ensino superior que participam do PET.

Os avaliadores são professores com mestrado ou doutorado, sem vínculo com o PET. Nos cinco dias de trabalho, eles vão avaliar os relatórios de atividades dos 298 grupos para reconhecer os melhores trabalhos, orientar os grupos que precisam melhorar o desempenho e corrigir problemas. "Avaliação não é punição. É a busca de eficiência e da correta aplicação dos recursos públicos", disse o diretor de modernização e programas de educação superior da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Celso Ribeiro. Criado há 26 anos, o programa passa pela primeira avaliação.

Embora atenda um grupo restrito de alunos - cerca de quatro mil -, o PET é uma atividade acadêmica de estímulo à formação de profissionais capazes de formular estratégias de desenvolvimento e modernização do país. O estudante ganha uma bolsa para atuar em pesquisa e extensão. Portanto, para produzir conhecimento e se qualificar.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad (foto), o PET integra o conjunto de ações destinadas a fortalecer a universidade pública. Os outros pilares são a reforma da educação superior, a criação do Sistema de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e o fortalecimento dos fundos setoriais e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

Beneficiários

O PET tem hoje 3.696 bolsistas em 328 grupos. A avaliação atingirá aqueles criados até 2005, quando o programa foi regulamentado pela Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005, apesar de existir desde 1979. Outros 30 grupos foram criados este ano para atender as áreas de meio ambiente, uso sustentável de recursos naturais, políticas públicas de saúde, segurança alimentar, novos materiais e tecnologias, desenvolvimento urbano, recursos energéticos e biodiesel, biotecnologia e desenvolvimento de software.

Os recursos do PET aumentaram de R$ 14,7 milhões em 2005 para R$ 20,4 milhões em 2006. São usados para o pagamento de bolsas mensais de R$ 300,00 aos estudantes, de R$ 855,00 ao tutor com mestrado e de R$ 1.267,00 ao tutor com doutorado. Cada grupo tem, em média, 12 alunos e um tutor, que orienta e coordena as atividades.


Data: 25/09/2006