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Ministro Haddad diz que plataforma de dados fortalece Universidade pública

O ministro da Educação, Fernando Haddad (foto), disse nesta quarta-feira, 20, que a Plataforma de Integração de Dados das Instituições Federais de ensino Superior (Ping-Ifes) ajudará a recuperar auto-estima das universidades públicas, iniciada com a reconstrução e expansão do ensino superior.

"A PingIfes não é uma ferramenta qualquer, ela complementa a ação dos fundos setoriais, a educação tutorial e dá impulso à reforma", explicou. Sua operação começa no próximo dia 29.

A plataforma lançada nesta quarta-feira vai acelerar a coleta de informações sobre a vida acadêmica das 55 instituições federais de ensino superior, unificar os bancos de dados e oferecer subsídios para a gestão das universidades e a definição de políticas públicas do Ministério da Educação.

Para Haddad, além de a plataforma dar transparência sobre o que acontece nas instituições, o que em si já é um ganho, valoriza a inovação e amplia as possibilidade de uso dos dados tanto pelo MEC quanto pelas universidades e outras esferas de governo.

O ministro destacou a mobilização das instituições e fez a defesa da universidade pública.

"Existe uma mentalidade ainda difícil de ser removida que não compreende o papel da universidade pública no país, seu papel no desenvolvimento e na construção da identidade nacional".

Para Haddad, a partir da mobilização que a reforma da educação superior propiciou "nós vamos dar uma resposta definitiva aos críticos renitentes da universidade pública".

Haddad chamou atenção para aqueles que opõem a universidade pública à educação básica pública e que não enxergam a complementação que têm os dois níveis de ensino.

"É preciso mostrar que a universidade pública é o principal instrumento de formação dos professores, da qualificação daqueles que vão ensinar as crianças e os adolescentes", disse.

Avanço

O secretário de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan, afirmou, nesta quarta-feira, 20, que a Plataforma de Integração de Dados das Instituições Federais de Ensino Superior (PingIfes) é um avanço para o para todo o sistema de educação federal.

"O sistema responde, de maneira unificada, às demandas do Ministério da Educação, no que diz respeito à avaliação e distribuição de recursos", disse Maculan.

Para o diretor de Desenvolvimento da Educação Superior do MEC, Manoel Palácios, o sistema beneficiará o ministério, as universidades e o colegiado de dirigentes de universidades federais.

O PingIfes proporcionará informações confiáveis sobre o desempenho das universidades e suas realizações acadêmicas, segundo o diretor, o que permitirá planejamento mais detalhado da expansão e da manutenção das instituições de ensino superior.

"O sistema tornará as universidades mais transparentes para o MEC, de modo que possamos trabalhar pelo futuro da educação pública federal".

Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Paulo Speller, o PingIfes é extremamente importante para dar agilidade a todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) para alimentarem, em tempo real, o sistema.

"O PingIfes oferecerá maior transparência à sociedade ao sistematizar os dados - o que, até então, não existia com a agilidade proporcionada pelo PingIfes". Para Speller, o novo mecanismo é ágil e se sobrepõe à lenta coleta de dados dos sistemas anteriores.

O reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, observou que, à medida em que o sistema facilita a coleta de informações confiáveis e estratégicas, também permite que todas as instituições de educação superior do Brasil, ao dispor das informações, encaminhem idéias de políticas públicas ao MEC, que poderá tomar decisões estratégicas de maior alcance em todo o país.


Data: 22/09/2006