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Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) redefine sua missão e objetivos através de planejamento estratégico

Após quatro meses de intenso trabalho, foram apresentados os primeiros resultados do Planejamento Estratégico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que está levando a instituição a redefinir sua missão e objetivos

Nos dias 14 e 15 de setembro, um Workshop reuniu cerca de 250 pessoas que estão atuando direta ou indiretamente no processo, iniciado em maio deste ano.

Todas as unidades do Ministério da C&T (MCT) fizeram seu Planejamento Estratégico, que no Inpe deve estar concluído no começo de 2007.

Embora parciais, os resultados do Workshop dão uma idéia dos rumos que o Inpe pode seguir. Para encontrar o caminho certo, estão sendo elaborados estudos acerca de 10 grandes temas, como o potencial de demanda do Brasil para atividades espaciais. O trabalho é pesado.

O grupo temático (GT) responsável por este estudo das demandas chegou a identificar mais de 300 áreas que precisam de algum tipo de dado que o Inpe está ou estará apto a fornecer nos próximos anos.

E este é apenas um exemplo do universo de questões que estão sendo discutidas, que abrangem mecanismos de financiamento, setores empresariais, modelos institucionais e gerenciais, impacto das ações e produtos do Instituto, entre outras.

"Todos estes estudos devem responder qual será a ciência e a tecnologia que o Inpe fará em 2010. O Inpe não pode ser prisioneiro de seu sucesso no passado, e sim atender atuais e futuras demandas da sociedade brasileira", afirma o diretor Gilberto Câmara.

Tanto para analisar o cenário internacional em atividades espaciais, como para fazer seu próprio diagnóstico e auto-avaliação, o Inpe conta com a consultoria do Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (GEOPI) da Unicamp, contratada para conduzir o processo junto com Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do MCT.

"Este é um processo complexo. Estamos tendo uma discussão franca e aberta porque só assim vamos conseguir um produto reconhecido por todos", disse Sérgio Salles, do GEOPI/Unicamp, durante o evento, que contou com a presença de Avílio Franco, subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do MCT, e Himilcon Carvalho, diretor da Agência Espacial Brasileira (AEB), além do diretor do Inpe, Gilberto Câmara.

Todos os GTs apresentaram uma síntese de seus trabalhos, que foram debatidos pela audiência, receberam críticas e sugestões. No total, 180 pessoas participam dos GTs, que se reúnem semanalmente e têm promovido palestras e entrevistas com ex-diretores do INPE, entre outras atividades.

Para ser efetivo, o Planejamento Estratégico precisa da adesão da comunidade inpeana. Eventos abertos como este workshop têm também a missão de informar e ouvir quem não participa diretamente do processo. "O workshop é válido para nos inteirar sobre o que está acontecendo.

É importante para o esclarecimento e mesmo para que os integrantes dos grupos temáticos possam receber sugestões.

Sem o debate amplo será difícil refletir o que pensa a maioria", comentou a pesquisadora Cláudia Vilega Rodrigues, que mesmo não fazendo parte de nenhum GT acompanhou seus dois dias de discussões.

Tem sido uma preocupação do Grupo Gestor garantir que realmente todos tenham a chance de se manifestar.

Este esforço se traduz em palestras e reuniões abertas a todos os servidores e colaboradores, bem como na divulgação de todas as ações na intranet do Inpe e de seus relatórios no site do Planejamento Estratégico.

Realizado no Auditório Fernando de Mendonça, que fica na sede do Instituto em São José dos Campos, o workshop teve transmissão on-line via intranet para as demais unidades do Inpe - Cachoeira Paulista (SP), Cuiabá (MT), Santa Maria (RS) e Natal (RN).

As apresentações do Workshop Intermediário, bem como todos os documentos produzidos desde o início do processo, estão no Portal do Planejamento Estratégico: planejamento.sir.inpe.br.


Data: 19/09/2006